O presidente Rodrigo Maia tem dito e insistido que “o governo precisa construir aliança na Câmara dos Deputados”. Tem toda a razão. O problema é o preço. Implica conceder cargos, favores e pressão sobre ministros e dirigentes de estatais. Circunstâncias que chegam logo ao conhecimento público, levando o governo à uma situação humilhante. Não foi o que Jair Bolsonaro prometeu durante a campanha eleitoral.
Há 30 anos
Saques, incêndios de automóveis, confrontos de rua e mais de 200 mortos. Foi o cenário de Caracas a 1º de março de 1989, passados 25 dias da posse de Carlos Andrés Peres, eleito presidente com 54 por cento dos votos. Contrariamente ao que expôs na campanha, não autorizou aumentos salariais, cortou subsídios, reajustou preços e tarifas públicas, provocando violentas reações da população em todo o país. Peres exerceu o mandato até 1993, quando sofreu impeachment, o primeiro e único da história da Venezuela. Analistas afirmam que sua gestão deu espaço para o surgimento de Hugo Chávez.
Suspense
Nicolás Maduro não sabe o que fazer quando Juan Guiadó retornar à Venezuela. Teme que a prisão do autodeclarado presidente interino possa justificar a intervenção de tropas estrangeiras, lideradas pelos Estados Unidos.
À espera
Os deputados estaduais firmaram ontem um acordo com vários itens: 1) não se manifestarão sobre o episódio envolvendo o presidente Luis Augusto Lara, antes de sua manifestação nos autos do processo. Consideram injusto o pré-julgamento; 2) as atividades da Assembleia Legislativa não podem sofrer interrupção; 3) a primeira audiência pública para debater temas regionais, proposta por Lara, está confirmada para o dia 15 de março em Caxias do Sul.
Consideram vago
As únicas críticas, na sessão plenária de ontem, tiveram o mesmo alvo: o Programa de Segurança Pública, intitulado “RS Seguro”. Os deputados Sebastião Melo, do MDB, e Jeferson Fernandes, do PT, consideram que não passa de um plano de intenções, sem a definição do cronograma e da fonte de recursos para as despesas.
Após muito tempo
O PP tem a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados. Fica atrás do PT e PSL, mas à frente do MDB, PSDB e DEM. Com Paulo Maluf fora do poder, o diretório gaúcho está convicto de que chega o momento de assumir o comando nacional. As articulações começaram.
Fonte de renda
Pesquisa da Frost & Sullivan, especializada em consultoria de negócios, apontou um dado alarmante: 43 por cento dos executivos de empresas nos principais países do mundo admitiram vender informações pessoais de seus clientes. Por isso, parcela considerável da população é metralhada, de forma insistente, com ofertas de produtos e serviços que não deseja, por telefone, e-mail e correspondência e redes sociais. A reação da maioria tem sido rejeitar empresas. A tática começa a dar resultados.
Visão externa
O jornal “The New York Times” publicou, a 1º de março de 1999, reportagem da correspondente no Rio de Janeiro sobre o Carnaval. Um trecho:
“Centros financeiros podem estar preocupados com a possibilidade de a economia brasileira escoar pelo ralo, levando o resto da América Latina. Mas, no Rio, nada disso é motivo para deixar de dançar. Por quatro dias, o Brasil oficial baixa as persianas. E quando o Brasil engravatado se retira, o Brasil festivo toma conta. As ruas enchem-se de bandas de música e disfarces, conhecidos como fantasias, em que os limites da convenção se rompem. A maneira mais exata de diferenciar homens e mulheres é pelos pés: as mulheres usam salto baixo”.
A repórter mostrou que não entendia de alegria e muito menos da maior festa do planeta.
Fora de rotação
Donald Trump chama Kim Jong-Un de “grande líder”. Jair Bolsonaro identifica Alfredo Stroessner como “estadista”.