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Enviados dos Estados Unidos e China se reúnem nesta segunda, em Roma, para discutir guerra na Ucrânia

Presidente Biden estava dentro da mansão no momento do incidente. (Foto: Katie Ricks/The White House)

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, irá se encontrar em Roma nesta segunda-feira com o principal diplomata da China, Yang Jiechi, segundo anunciou neste domingo (13) a Casa Branca, que ao mesmo tempo alertou as autoridades chinesas que Pequim enfrentará “consequências” se ajudar a Rússia a contornar as sanções ocidentais impostas desde a invasão da Ucrânia.

“[As autoridades] Discutirão os esforços em andamento para gerenciar a competição entre os dois países e o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global”, disse Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, em um comunicado.

Pequim não condena diretamente a invasão da Ucrânia por Moscou e culpou repetidamente a expansão para o Leste da Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos EUA, pelo agravamento das tensões entre Kiev e Moscou. Ao mesmo tempo, tem insistido na necessidade de uma saída negociada para a guerra.

“Estamos monitorando de perto até que ponto a China fornece, de uma forma ou de outra, assistência à Rússia, seja material ou econômica”, disse Jake Sullivan. “É uma preocupação para nós e deixamos claro para Pequim que não ficaremos de braços cruzados e não permitiremos que nenhum país compense as perdas da Rússia devido às sanções econômicas.”

Ele ainda afirmou que “com certeza haverá consequências no caso de ações significativas destinadas a contornar as sanções.”

As conversas marcadas para segunda-feira na Itália “fazem parte dos esforços contínuos para manter uma linha de comunicação aberta” entre a China e os Estados Unidos, disse Horne no comunicado.

Uma reunião semelhante entre as duas autoridades ocorreu em outubro na Suíça.

Preço alto por armas nucleares

Também neste domingo, Sullivan alertou que a Rússia pagará um “preço alto” se lançar um ataque com armas químicas contra a Ucrânia, acrescentando que qualquer qualquer ataque no território da Otan desencadearia uma reposta completa da aliança.

Ao programa “Face the Nation” da CBS, Sullivan disse que os Estados Unidos e seus aliados estavam consultando de perto a crescente ameaça de um ataque com armas químicas e estavam se comunicando diretamente com Moscou para alertar contra tal movimento.

“O uso de armas de destruição em massa seria uma linha adicional chocante que Putin está cruzando em termos de seu ataque ao direito internacional e às normas internacionais”, disse Sullivan.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a Rússia pode usar armas químicas após a invasão da Ucrânia e que a medida seria um crime de guerra, de acordo com uma entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag.

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