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Saúde Enxertos ósseos à base de amido são desenvolvidos em pesquisa da Universidade de São Paulo

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O amido usado na pesquisa é o mesmo comprado no mercado. (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu enxertos ósseos à base de amido. A ideia é que, no futuro, clínicas e hospitais possam utilizar uma impressora 3D para produzir próteses personalizadas aos pacientes.

É da batata, da mandioca e do milho, por exemplo, que os pesquisadores extraem o amido, tipo de carboidrato usado para fazer a prótese para enxerto ósseo.

“Como o osso é formado de um polímero, o colágeno, acrescentado de uma cerâmica. A gente pensou, em vez de usar o colágeno, que não tem essa capacidade ainda muito interessado para texturizar, utilizar o amigo para esse princípio”, disse a pesquisadora do IQSC da USP Bianca Maniglia.

O amido usado na pesquisa é o mesmo comprado no mercado. Com 95% de pureza, o produto é modificado em laboratório para ficar mais consistente. O amido alterado fica dez vezes mais rígido que o comum, firmeza ideal para as próteses.

As próteses disponíveis no mercado atualmente são feitas de material sintético. Alguns enxertos usam ossos de animais ou até mesmo do próprio paciente.

Com essa possibilidade, existe a garantia de um produto muito mais natural e que também oferece a mesma segurança. Com esse enxerto o paciente precisa fazer apenas uma cirurgia pois ele é biodegradável e não exigirá um novo procedimento operatório para conclusão do tratamento.

“O nosso osso tem uma capacidade brilhante de se autorregenerar, mas no caso de fraturas críticas, maior de 6 milímetros por exemplo, não tem a possibilidade das células terem um suporte para se aderirem e formar esse novo osso. A ideia é que, quando um paciente tenha uma fratura crítica, a gente consiga colocar esses enxertos para que as células consigam aderir nessa superfície e sejam capazes de formar novamente um osso ali dentro”, afirmou a pesquisadora.

O projeto faz parte de uma pesquisa com 8 participantes, que começou há dois anos e teve parceria com a USP de Ribeirão Preto e extensão na França. 70% do processo já foi concluído. Em cinco anos as próteses devem estar prontas para o mercado.

“A gente já fez esses estudos in vitro (em laboratório). A gente viu que ela consegue aderir. Além de aderir, a gente consegue atuar, metabolizar e produzir esse mineral ósseo, então nesses estudos a gente tem aspectos bem positivos”, concluiu Bianca.

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