Ao longo desta semana, a EVTA (Equipe de Veículos de Tração Animal) recolheu três cavalos soltos nas vias da Capital. O primeiro deles, resgatado na quarta-feira (29), através de uma denúncia feita pelo 156, foi encontrado solto na rua Otaviano José Pinto, no Lami, com sinais de maus-tratos. O equino, com aproximadamente dez anos, já está em atendimento no abrigo da EPTC, localizado na Zona Sul.
Já na quinta-feira (30), os agentes da EVTA recolheram dois cavalos no bairro Rubem Berta, na avenida Élvio Antônio Filipetto e na Rua dos Maias, em razão da lei n° 10.531/2008, que proíbe o tráfego de carroças em Porto Alegre. Tanto os animais quanto a carroça foram recolhidos. Eles também já estão sendo atendidos no abrigo.
Em 2019, a EVTA retirou das ruas 242 cavalos, a maioria soltos, que ofereciam risco de acidentes, sendo 31 deles com sinais visíveis de maus-tratos. Deste total, 59 foram adotados após tratamento veterinário. Nos últimos 11 anos, de 2009 a 2019, foram registrados 3.399 recolhimentos, sendo 318 por maus-tratos, com 815 adoções.
Gilberto Machado Fonseca, da EVTA, explica que o trabalho pelas ruas da cidade é diário, com apoio do Batalhão Ambiental da Brigada Militar, da Guarda Municipal e do Hospital Veterinário da Ufrgs. “O trabalho é fundamental porque esses animais soltos nas ruas correm grande risco de se envolver em acidentes. Após a sua retirada da via, eles são levados para o abrigo, onde recebem alimentação adequada e, se for necessário, medicação”, esclarece.
Orientação – No caso de abandono de algum cavalo ou situações de maus-tratos, as pessoas podem entrar em contato através do 118 e 156. Se realmente o fato for constatado pelos agentes da Equipe de Veículos de Tração Animal, é feito o recolhimento. O animal é levado para a área de acolhimento, na Zona Sul, onde recebe alimentação adequada, além de medicação.
Abrigo
O serviço de remoção e guarda de animais da EPTC conta com caminhão equipado com guincho munck, capacidade para recolhimento de cinco cavalos, 12 baias em alvenaria para equinos debilitados, serviço veterinário e funcionários para tratamento, além de limpeza, manutenção do campo e atendimento ao público. No abrigo, localizado na estrada Chapéu do Sol nº 2.400, há uma área de pastagem de 20 hectares, além de cocho de alimentação e bebedouro para os equinos.
Adoção
Após apresentarem recuperação, os cavalos recolhidos ficam soltos no campo, interagindo com os outros animais para o resgate do contato com a natureza. Se não forem procurados por seus donos, entram no programa de adoção. O abrigo é aberto à visitação e informações sobre adoção podem ser obtidas através do adote@eptc.prefpoa.com.br