O Equador exigiu que a Suécia ofereça asilo para Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, como condição para que os suecos possam interrogá-lo na embaixada equatoriana de Londres (Inglaterra), afirmou uma autoridade da Suécia nesta sexta-feira (7).
Desde junho de 2012, Assange está refugiado na embaixada do Equador da capital britânica para evitar a ordem de prisão que a Grã-Bretanha deseja cumprir caso deixe a representação diplomática.
Acusado de estupro e agressão sexual por duas mulheres suecas, o australiano foi detido em 2010 e colocado em liberdade condicional pouco depois. Ele nega as acusações.
“Você não pode dar asilo a ninguém na embaixada de outro país, isso vai contra a lei internacional”, afirmou Cecilia Riddselius, do Departamento de Justiça. “Se ele quiser asilo, tem que vir para a Suécia.”
O empresário teme que a Suécia o extradite aos Estados Unidos, onde pode ser levado a julgamento por causa da publicação de documentos militares e diplomáticos sigilosos pelo WikiLeaks cinco anos atrás, considerado um dos maiores vazamentos de informação da história norte-americana.
No início de junho, os promotores entregaram um pedido de assistência jurídica às autoridades britânicas e outro para que o Equador permita que Assange seja interrogado.
Riddselius declarou que o Departamento de Justiça fez tudo que podia para permiti-lo e que o assunto agora está “totalmente nas mãos do Equador”.
O porta-voz da promotoria sueca disse à Reuters que uma promotora foi a Londres em junho, pronta para interrogar o australiano, mas que a embaixada do Equador não permitiu que ela entrasse.
A representação equatoriana não comentou o assunto de imediato. (AG)