Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2022
Atualmente, a adição obrigatória de biodiesel está em 10%
Foto: ReproduçãoIntegrantes do governo de transição defendem aumentar, no ano que vem, o percentual obrigatório de biodiesel a ser acrescido ao óleo diesel vendido ao consumidor final.
Atualmente, a adição obrigatória de biodiesel está em 10%, abaixo do percentual estabelecido na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Essa foi uma das diversas medidas adotadas pelo atual governo para baixar o preço do diesel.
Isso porque os custos das matérias-primas do biodiesel subiram com a pandemia de coronavírus, a alta do dólar, a guerra na Ucrânia e a quebra da safra de soja, fazendo com que, quanto maior o percentual de mistura, mais caro fosse o litro de diesel para o consumidor.
Já para o próximo ano, a ideia, segundo o senador Jean Paul Prates (PT-RN), coordenador de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do governo de transição, é usar o período de transição de 90 dias estabelecido pelo atual governo para discutir o aumento do percentual.
O atual governo decidiu manter em 10% a mistura obrigatória de biodiesel no diesel até 31 de março de 2023. Até então, o índice de 10% iria somente até dezembro deste ano.
Já pela política do RenovaBio, suspensa pelo atual governo, o percentual deveria estar em 14% desde março deste ano e passar a 15% em março do ano que vem.
A resolução do governo prorrogando os 10% até março de 2023 foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira (25).
Segundo Prates, não houve nenhuma objeção por parte do grupo de Minas e Energia do governo de transição para a prorrogação. A ideia é usar o período para definir o calendário de aumento da mistura.
“[Período de transição] vai ser de até 90 dias para a gente poder resolver dentro do novo governo o que vai fazer”, afirmou Prates. “Nos 90 dias, se discute isso, provavelmente voltar à escala de crescimento da mistura”, completou.
O senador também disse que a nova tabela pode sair antes de março, em fevereiro ou, mesmo, em janeiro. E que o objetivo é voltar ao crescimento escalonado da adição obrigatória, como estava previsto na política do RenovaBio.