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Equipe que cuida de site pessoal de Lula mantém rede com ataques a Bolsonaro

O teor das mensagens anti-Bolsonaro contraria a recomendação de Lula, que defendeu o “esquecimento” de seu antecessor. (Foto: Depositphotos)

A equipe que cuida das páginas pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém mobilizada uma rede com centenas de grupos de WhatsApp, criados na campanha eleitoral, para “espalhar conteúdos” e “pautas do governo”. Além de realizações e anúncios do Palácio do Planalto, as mensagens trazem ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e vêm com apelos para que sejam compartilhadas em massa.

“Repasse essa mensagem e lembre que Bolsonaro deve estar na cadeia! Prove que brasileiro não tem memória curta”, diz trecho de um texto compartilhado. O movimento vem sendo disparado pela equipe que cuida do site lula.com.br, anunciado pelo PT como o oficial do petista, antes de ele ser eleito. Segundo o partido, o movimento nas redes reúne mais de 25 mil voluntários na organização dos grupos e como “caçadores de fake news”.

A mensagem, distribuída em 29 de março, aponta o que chama de “roleta de crimes” do ex-presidente e diz que ele “pode ser preso por qualquer um” deles. Roubo, corrupção e crimes contra a humanidade são alguns dos relacionados. O caminho para acesso aos grupos no aplicativo de mensagens está disponível no site oficial do petista. A iniciativa é citada como “o maior movimento de Zap do Brasil”.

O teor das mensagens anti-Bolsonaro que são disparadas contraria a recomendação do próprio presidente, que defendeu o “esquecimento” de seu antecessor. “Acho que é bom a gente esquecer quem governou este país até o dia 31 de dezembro, mas a gente não deve esquecer nunca da tentativa de golpe no 8 de janeiro”, declarou Lula em fevereiro.

Conteúdo

As mensagens dos grupos petistas são enviadas com emojis (ilustrações animadas) e com linguagem e formato propícios à viralização. No WhatsApp, o PT atiçou a militância a explorar o episódio das joias sauditas. “Tá chovendo diamante e Rolex por aí? Na família Bolsonaro tá, sim. Jair pegou o Rolex! O fujão levou um relógio cheio de diamantes, mais uma caneta cheia de pedras, abotoaduras e um rosário”, dizia o texto.

O grupo também funciona para dissipar a agenda negativa com que Lula se depara. O presidente foi criticado ao dizer que o plano do PCC para matar o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) seria “armação” do ex-juiz. Com o mal-estar causado pela declaração, os grupos do PT passaram a difundir “cinco passos” para esclarecer a “mentira que estão falando de Lula x Moro”. Entre eles, a versão de que “Moro está vivo e seguro pela PF do governo Lula” e queixas sobre a falta de “agradecimentos ao governo federal” pelo senador.

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