Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2024
As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul durante o mês de maio provocaram danos ao patrimônio público e privado.
Foto: ReproduçãoUma equipe técnica do Arquivo Nacional viajou esta segunda-feira (1º) para o Rio Grande do Sul, onde visitará acervos afetados pelas enchentes em diferentes cidades do Estado. A instituição já vinha prestando auxílio por meios remotos desde 30 de abril. O apoio presencial é para acompanhar a situação atual dos documentos e das demandas de cada lugar.
Até esta quarta-feira (4), estão previstas reuniões e visitas a órgãos que tiveram acervos comprometidos em Porto Alegre, como é o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Segundo o Arquivo Nacional, 19 órgãos do Estado entraram em contato e receberam orientações sobre preservação e recuperação de documentos. A instituição disponibiliza um serviço de helpdesk permanente por e-mail e aplicativos de mensagens.
As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul durante o mês de maio provocaram danos ao patrimônio público e privado. Em casos extremos, alguns documentos não têm mais recuperação e precisam ser eliminados. O processo deve seguir uma nota técnica emitida pela instituição, que recomenda a eliminação apenas quando as informações dos suportes estão totalmente inacessíveis. Quando os órgãos estão ligados à administração pública federal, é obrigatória a autorização expressa do Arquivo Nacional.
Os técnicos da Coordenação de Preservação do Acervo realizaram testes e simularam a situação dos arquivos após as enchentes, para pensar em soluções mais eficientes no resgate de acervos. Os experimentos foram monitorados na fábrica de papel mantida pela instituição no Rio de Janeiro.
Uma das orientações dadas aos órgãos com acervos afetados pelas enchentes é o de tomada de decisões. Por exemplo, quando é preciso escolher quais documentos vão ser priorizados no resgate. Aqueles identificados como de guarda permanente, que envolvem garantias de direitos e deveres dos cidadãos, podem ser priorizados. Exemplos são pastas com históricos e funcionários. Também entram na lista aqueles documentos que não têm cópias digitalizadas.
Outro exemplo de recomendação é a de congelamento do acervo quando a quantidade de documentos afetados pela água é maior do que a capacidade de monitoramento e tratamento. Por meio desse processo, o acervo é preservado e o tratamento é feito gradualmente de acordo com as possibilidades de cada órgão. O congelamento impede o crescimento de colônias de microrganismos que podem afetar ainda mais os documentos.
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