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Equivocados

O deputado Pedro Westphalen avaliou seus 16 anos na Assembleia Legislativa. (Foto: Divulgação)

Enquanto as tribunas de muitos legislativos continuarem sendo apenas palanques da operação caça-votos para a eleição seguinte, o País não sairá do abismo. Parcela dos parlamentares não analisa, não fiscaliza e nem direciona as ações no sentido do interesse público.

Divagam demais

Os candidatos à Presidência garantiram ontem que vão defender as cláusulas pétreas da Constituição que se referem à forma federativa de Estado; ao voto direto, secreto, universal e periódico; à separação dos Poderes e aos direitos e garantias individuais. O compromisso equivale a chover no molhado, porque não podem ser abolidas por meio de emendas. Para modificá-las, só anulando a atual Constituição, o que é impensável.

Posições opostas

No debate entre os candidatos ao governo do Estado, ontem, na Federasul, ficaram claras duas divergências: José Ivo Sartori quer manter a Empresa Gaúcha de Rodovias e não fixa prazo para prorrogação do aumento de alíquotas do ICMS. Eduardo Leite pretende extinguir a EGR e manter as atuais alíquotas do ICMS por mais dois anos, para depois reduzir.

Fogem do problema

Em nenhum momento das campanhas presidencial e aos governos estaduais, candidatos enfrentaram a questão dos gastos, que sempre ficam acima da receita. A propósito, o placar eletrônico www.jurometro.com.br atinge hoje 360 bilhões de reais. Foi o que o governo federal pagou, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar a dívida pública.

Ficou mais difícil

No 2º turno de eleições anteriores, o PT fazia movimentos para atrair o Centrão. Este ano, nem isso.

Não tem precedente

Dona Matilde, esposa de Jair Bolsonaro, não sai de casa sem colete à prova de balas.

Convivência pacífica

“Andei pelo Estado, buscando soluções para o bem comum, sem ver concorrentes ou adversários, mas, sim, semelhantes. Quando tivermos consciência que a palavra semelhante quer dizer semelhante mesmo, existirá, por certo, mais respeito, e tem que ser assim na vida e na política.” Foi o trecho do pronunciamento do deputado estadual Pedro Westphalen na abertura da sessão plenária, ontem, quando fez o balanço sobre seus 16 anos na
Assembleia Legislativa. A partir de 2019, exercerá mandato na Câmara dos Deputados.

Missão impossível?

Desde a eleição presidencial de 2002, todos os candidatos prometem baixar a taxa de juros do cheque especial, que anda em torno de 300 por cento ao ano. Os que assumiram o poder esqueceram.

Confundem

Há uma dissonância cognitiva que confunde autoridade e autoritarismo. No Brasil, o autoritarismo se tornou um vício herdado do escravagismo e do coronelismo de aldeia.

Motivo evidente

O setor de vigilância privada não sabe o que é crise. A demanda cresce cada vez mais.

Há 25 anos

A 18 de outubro de 1993, o presidente Itamar Franco aceitou reduzir o seu mandato para antecipar as eleições, incluindo as do Legislativo. A Constituição previa ida às urnas a 3 de outubro de 1994. Sua atitude foi decorrente de denúncia sobre envolvimento de dois ministros em irregularidades no orçamento federal.

Nenhum seguiu o exemplo

A proposta de Itamar Franco não evoluiu, nem foi seguida pelos demais presidentes, diante de irregularidades que se acumularam, nos últimos 24 anos, a ponto de ensejar uma coletânea volumosa.

Inadiável

Encerrado o 2º turno, partidos, veículos de comunicação e Justiça Eleitoral precisam abrir um debate sobre os resultados vexatórios de muitas pesquisas.

Voz da experiência

Os melhores pilotos da Fórmula 1 costumam repetir: pole-position não é prenúncio de vitória. A frase vale para as pesquisas eleitorais, que têm o poder de desidratar candidaturas com a maior facilidade.

É assim

Antigo ditado: na política, os muros surgem quando portas se fecham.

Sabia tudo

Tancredo Neves costumava dizer: “Ganha-se a eleição com os radicais, mas governa-se com os moderados”.

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