Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2016
Uma parada no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, provavelmente teria evitado a tragédia com o avião da LaMia que levava o time da Chapecoense para o jogo mais importante da história do clube contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana.
O desvio, segundo o coronel Douglas Machado, especialista em investigações de acidentes aéreos, renderia uma hora a mais de voo e teria um custo aproximado de R$ 10 mil, incluindo combustível e taxas aeroportuárias.
O avião era pilotado pelo boliviano Miguel Quiroga, dono da LaMia. A parada se fazia necessária por conta da distância entre os pontos de origem do voo (Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia) e chegada (Medellín, na Colômbia). A distância entre essas cidades é de cerca de 3.000 km, exatamente a autonomia de voo do modelo BAe Avro RJ85. Ou seja, o avião não tinha margem de reserva para esse trajeto.
“Na tentativa de agradar o cliente [o clube de futebol], provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário”, disse Machado. A falta de combustível é apontada como a causa da tragédia, que causou 71 mortes.