Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2015
Diante do maior escândalo da história do futebol mundial, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, surpreendeu o mundo do futebol ao entregar seu cargo na terça-feira (2). Ele convocou novas eleições ao comando da entidade – que preside desde 1998 – e informou que não concorrerá neste novo pleito. Até lá, porém, seguirá no cargo, para o qual foi reeleito na semana passada – superou Ali Bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia, por 133 votos a 73.
“Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente, não pareço estar apoiado pelo mundo do futebol: jogadores, clubes. Vou continuar exercendo a minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido”, anunciou Blatter em pronunciamento na sede da entidade, em Zurique (Suíça).
A nova eleição para presidente da Fifa deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2016, de acordo com a entidade. Blatter, enquanto isso, disse que respeitará os regimentos da entidade e que tentará criar novos mecanismos internos no órgão, que vive a pior crise de sua história.
“Isso terá que ser feito de acordo com o estatuto da Fifa, e devemos dar tempo aos melhores candidatos para apresentar-se e fazer sua campanha”, frisou.
O dirigente suíço antecipou que pretende reduzir o tempo de mandato da presidência. Curiosamente, ele próprio foi reeleito quatro vezes.
“Precisamos de limites para o mandato não apenas para o presidente, mas para todos os membros do Comitê Executivo.”
Na semana passada, sete dirigentes da entidade, entre eles o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, foram presos em Zurique, suspeitos de participar de um esquema de corrupção.
Logo depois do anúncio de Blatter, o Comitê de Ética da entidade divulgou um comunicado afirmando que seguirá nas suas funções e que tratará a lisura do órgão, seja quem for o próximo presidente, como prioridade máxima. (Folhapress, O Globo e Reuters)