Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2025
Um prostíbulo que operava em apartamentos luxuosos perto da Universidade Harvard atraiu uma clientela inesperada: executivos de biotecnologia, médicos, advogados e políticos. Cobrando até 600 dólares por hora (cerca de R$ 3 mil), o estabelecimento mantinha registros detalhados de seus frequentadores — e agora esses dados viraram prova em uma investigação criminal que expôs dezenas de homens influentes da região de Boston.
Entre os nomes revelados está o do vereador de Cambridge Paul Toner, que enfrenta pedidos de renúncia após ser identificado como cliente do esquema. Outros profissionais de destaque em áreas como medicina e tecnologia também tiveram suas carreiras abaladas, alguns deixando cargos sem explicação pública.
A queda do esquema
O caso, batizado pela imprensa local de “The Cambridge Brothel Hearings”, em português “As audiências sobre bordéis de Cambridge”, ganhou repercussão após a Justiça negar um pedido de sigilo feito por treze dos acusados. Segundo uma matéria publicada pelo jornal The Washington Post, eles argumentaram que a exposição traria “consequências embaraçosas”, mas o tribunal manteve a transparência das audiências.
A operação foi desmontada após a prisão da cafetina Han Lee, de 42 anos, condenada a quatro anos de prisão por liderar uma rede de prostituição e lavagem de dinheiro. Nascida na Coreia do Sul, Lee administrava o negócio com critérios rígidos: exigia crachás de trabalho, referências e até selfies dos clientes antes de autorizar os encontros.
Segundo investigadores, o método servia tanto para evitar a polícia quanto para garantir a segurança das profissionais — muitas delas jovens asiáticas que usavam nomes como Tulip e Tiki.