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Notícias Escândalo que pode implodir o partido União Brasil também pode impactar eleições do ano que vem no País

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Empresário conhecido como "Rei do Lixo", é sócio da irmã de ACM em um avião. (Foto: Reprodução)

O caso do empresário baiano Marcos Moura, conhecido como “rei do lixo” e com cargo de confiança no União Brasil, continua a assombrar o partido. Integrantes da sigla ficaram aliviados, em dezembro, com a soltura do correligionário porque temiam uma acordo de delação premiada. Mas o caso chegou agora ao Supremo Tribunal Federal (STF), por causa de uma citação ao deputado Elmar Nascimento (BA), que tem foro privilegiado. As investigações têm potencial para implodir a sigla e abalar os rumos das próximas eleições, na avaliação de caciques políticos. Esse desfecho teria mais efeito em 2026, já que o processo deve se arrastar ao longo deste ano.

Há um temor de que a investigação da Polícia Federal chegue a nomes de outros deputados, senadores e demais filiados da legenda com intenção de concorrer em 2026. Além do impacto direto nas candidaturas, esse cenário tiraria força do União Brasil nas negociações para a corrida presidencial. A sigla que tem três ministérios no governo Lula trabalha para lançar a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao Planalto.

Marcos Moura é suspeito de liderar um esquema de desvio de emendas parlamentares, em contratos fechados por prefeituras na Bahia, Tocantins, Amapá, Rio de Janeiro e Goiás. Moura foi indicado para ocupar um cargo no União Brasil pelo vice-presidente da legenda, ACM Neto. O ex-prefeito não é investigado.

A chegada do caso ao STF também pode gerar um embate direto da Corte com o senador Davi Alcolumbre, que é do partido e deve assumir a presidência do Senado em fevereiro. Parlamentares lembram que o provável sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD) terá poder, por exemplo, para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre “abusos de poder” do Judiciário. Procurado, Alcolumbre não respondeu.

Entenda o caso

A suspeita do desvio de R$ 1,4 bilhão em fraudes de licitações — processos utilizados pelo poder público para contratar serviços do setor privado — trouxe à tona o nome do baiano Marcos Moura conhecido como “Rei do Lixo”. Integrante da cúpula do União Brasil, ele foi colocado no cargo pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, de quem é próximo.

Moura seria o responsável por liderar um esquema que envolvia o desvio de recursos por meio do superfaturamento de obras com contratos de licitação. As verbas dos projetos eram, segundo apurou a Polícia Federal (PF), liberadas para empresas escolhidas previamente e tinham como origem repasses de emendas parlamentares.

Segundo a PF, Moura atuava como ponte de agendas em empresários presos e nomes ligados a governos estaduais. (Com informações de agências e Estadão Conteúdo)

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