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Esclerose múltipla: saiba os sintomas da doença da modelo Carol Ribeiro

“É preciso ouvir o corpo. Parem para se escutar, parem para escutar os recadinhos que o corpo tem”, conta a modelo. (Foto: Reprodução/Instagram)

A modelo e apresentadora Carol Ribeiro, de 43 anos, revelou que foi diagnosticada com esclerose múltipla. Segundo ela, tudo começou com falhas ao caminhar, confusão mental ao falar, calores repentinos e um cansaço extremo que chegou a deixá-la 17 dias sem dormir.

Inicialmente, ela chegou a pensar que os sintomas fossem menopausa precoce, estresse ou síndrome do pânico. Ao Fantástico, da TV Globo, Carol contou que só conseguiu chegar ao diagnóstico quando passou a ouvir, de fato, os sinais do próprio corpo.

“É preciso ouvir o corpo. Parem para se escutar, parem para escutar os recadinhos que o corpo tem”, conta a modelo.

O diagnóstico ocorreu após uma médica encaminhá-la ao neurologista. A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem e atrapalham o envio dos comandos do cérebro para o resto do corpo. Esse processo é chamado de desmielinização.

Alguns locais no sistema nervoso – o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal – podem ser alvo preferencial da desmielinização característica da doença, o que explica os sintomas mais frequentes.

Sintomas

Em estágio inicial, os sintomas costumam ser bem sutis e quase sempre desaparecem em cerca de uma semana. Por conta dos primeiros sintomas serem passageiros e mais leves, muitos pacientes passam anos sem diagnóstico nem tratamento.

Apesar de os sintomas serem diferentes em cada paciente, os mais frequentes são perda de sensibilidade dos membros inferiores ou de todo um lado do corpo, fraqueza nos membros, baixa visão, dificuldade para falar ou engolir, dormência ou formigamento no corpo, visão dupla, tontura, fadiga, problema de coordenação dos membros, desequilíbrio, incontinência urinária e perda de memória.

A causa da doença é desconhecida, porém a explicação provável é as pessoas serem expostas no início da vida a um vírus (possivelmente um herpesvírus ou retrovírus) ou a alguma substância desconhecida que, de alguma maneira, aciona o sistema imunológico para atacar os tecidos do próprio corpo. A reação autoimune causa inflamação, que provoca lesão na bainha de mielina e nas fibras nervosas subjacentes.

Tratamento

Não há cura para a esclerose múltipla, mas existe um tratamento. Quanto antes começar, mais qualidade de vida você pode ter. O tratamento pode ser a base de corticoides, que ajudam a inibir a ação do sistema imunológico. Pode ser também com medicamentos para controle do sistema imunológico, que dificultam o ataque das células de defesa à mielina e ajudam a evitar crises.

Existem hábitos e práticas que podem amenizar os sinais e sintomas da esclerose múltipla, tais como a prática de exercícios físicos.

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