Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2019
O auditor fiscal aposentado José Barroso Tostes Neto será o novo secretário da Receita Federal. Escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ele assumirá o posto deixado por Marcos Cintra, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 11 deste mês.
Especialista em gestão fiscal, Tostes foi apresentado a Bolsonaro no fim da tarde de quarta-feira (18), quando a escolha foi chancelada pelo presidente. Depois de enfrentar resistência da corporação da Receita com a escolha de Marcos Cintra, Paulo Guedes optou por um nome da carreira, ainda que Tostes esteja afastado. Atualmente, ele ocupa o posto de consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento, primeiro em Washington e agora em Brasília.
No ano passado, Tostes concorreu à lista tríplice para o cargo de secretário da Receita Federal, em eleição promovida pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal. Ele não ficou entre os três da lista, entregue ao governo como sugestão.
Durante a campanha, em um vídeo em que divulgou alguns de seus posicionamentos, Tostes afirmou: “Nosso sistema tributário necessita de muitos ajustes. São inúmeras distorções, desequilíbrios, ineficiências. Tornam imperativo fazer algum tipo de reforma em sua estrutura”.
Em nota, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal aprovou a escolha de Tostes. “O Sindifisco reafirma sua posição de que um auditor fiscal de carreira no comando do órgão é um ativo valioso para a sociedade”, diz o texto.
Perfil
De acordo com o perfil de José Tostes em uma rede social, ele é engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal do Pará e administrador de empresas pela Universidade da Amazônia.
Em 2009, foi diretor regional da Escola de Administração Fazendária do Ministério da Economia. De 2011 a 2015, foi secretário da Fazenda do Estado do Pará. No mesmo período, presidiu o Conselho de Administração do Banco do Estado do Pará.
Ainda segundo o perfil, Tostes deixou os dois cargos para atuar no Banco Interamericano de Desenvolvimento. Também foi consultor do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Antecessor
Marcos Cintra foi demitido um dia após o secretário-adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, subordinado a Cintra, ter apresentado um imposto nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira).