Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2024
Sediado em Porto Alegre, o Instituto Ling (rua João Caetano nº 440, bairro Três Figueiras) receberá às 11h deste sábado (3) o escritor gaúcho Luís Dill para o lançamento de seu novo romance, “Vento de Fogo”. O evento tem as participações confirmadas de seus colegas Cristina Macedo, Luiz-Olyntho Telles da Silva e Marta Leiria, para um bate-papo sobre a obra.
“Vento de Fogo” se passa em 1904 na fictícia cidade de Forquilha Seca, no Rio Grande do Sul. Um estancieiro acometido por doença passa a ouvir os mortos – é o que dizem. Saudoso do Brasil Imperial, ele se casa com a filha de seu rival político, sem consentimento, e recruta um exército para derrubar a República. Quando uma tropa chega à região, a verdade já não importa mais.
Com 240 páginas, esse é o terceiro título de um ciclo de narrativas longas iniciado em 2020, quando o autor completava 30 anos de carreira literária. São obras sem ligação entre si e cada qual ambientada em uma década diferente do século de 1900.
O primeiro título, “Timbirupá” (2002), tem como pano-de-fundo uma localidade no Interior do Brasil em 1930. Depois veio “Dias de Água” (2021), ficção sobre a vida de um grupo de personagens durante a grande enchente de 1941 em Porto Alegre. Já o terceiro foi “Um Navio na Coxilha (2022), realismo fantástico sobre o surgimento de um navio cargueiro na zona rural da imaginária Forquilha Seca em 1954.
Responsável pela publicação dessa sequência, a editora Casa 29 ressalta a preocupação em formar um conselho encarregado avaliar os textos originais. Para “Vento de fogo”, foram convidados Anna Mariano, Débora Mutter, Suzana Bins da Fonseca e Luiz-Olyntho Telles da Silva, que analisa:
“O conflito, tão antigo quanto a história do mundo e tão atual, tenho de reconhecer, lembra de perto a rebelião de Canudos, deflagrada na Bahia, não fazia ainda nem dez anos, e que, antes romanceado por Euclydes da Cunha em ‘Os Sertões’ [1902] e também por Mario Vargas Llosa em ‘A Guerra do Fim do Mundo’ [1981], é agora relembrado por Luís Dill”.
O designer gráfico Beto Soares assina a capa, assim como as anteriores da série. Em comum, o conceito visual inspirado na estética das publicações de meados do século passado.
Sobre o autor
Além de escritor, Luís Dill é formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com pós-graduação em Literatura Brasileira. Sua trajetória na imprensa inclui longos períodos de atuação nas rádios Guaíba e FM Cultura.
Como escritor, possui mais de 60 livros publicados, além de participações em diversas coletâneas. É cinco vezes vencedor do Açorianos de Literatura, promovido pela Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa (SMCec). Também foi agraciado o prêmio Biblioteca Nacional e “Livro do Ano”, este último concedido pela Associação Gaúcha dos Escritores (AGE). Na internet: luisdill.com.br.
(Marcello Campos)
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