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Esculacho do TCU ajuda a vitimizar Bolsonaro

Jair Bolsonaro viu “caçada implacável” na decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de associar-se ao esculacho de bajuladores de Lula (PT) contra seu principal adversário. A ideia é obrigar o ex-presidente a ressarcir despesas com a reunião de embaixadores. Isso deve vitimizar Bolsonaro, gerando mais depósitos de pix em massa. No Congresso, o ativismo é visto com sorrisinhos no canto da boca: o presidente do TCU, Bruno Dantas, cobiça vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.

Ativismo in natura

O TCU ativista condenará Bolsonaro em outubro, para que a punição no TSE não se esgote dia 2 e sim 6 de outubro de 2030, data da eleição.

Caça a conexões

Já se avalia no Congresso que a ligação a tipos como Renan Calheiros não seria suficiente para levar Dantas ao STF, daí a diligência especial.

TCU Viagens

O TCU não age contra R$24 milhões gastos nas viagens de Lula e hotéis de alto luxo. É que Dantas não fica atrás: viajou 46 dias só este ano.

Cinco meses

De acordo com o jornal Gazeta da Povo, de Curitiba, Bruno Dantas torrou R$1,1 milhão em viagens nos cinco primeiros meses de 2023.

Ex-diretora da Americanas pode ter cometido fraude

A manobra de Anna Christina Ramos Saicali, que transferiu R$13 milhões em quotas de uma empresa para o filho, dias antes de vir a público o rombo bilionário da Americanas, pode complicar a vida da ex-diretora. Charles Nasrallah, especialista em Recuperação Judicial de empresas e Falências, ouvido pela coluna, diz que a transferência de patrimônio de ex-dirigentes da Americanas para terceiros “pode ser considerada fraude à credores” e o caso pode acabar na esfera criminal.

Manobra revertida

Comprovada eventual fraude, a transferência deverá ser integralmente anulada e os bens revertidos aos credores, explica Nasrallah.

Proteção patrimonial

Anna Christina, apontada em fato relevante de 13 de junho como partícipe, fez a transferência 20 dias antes da descoberta da fraude.

Art. 168

Enquadrada a manobra como crime falimentar, a ex-diretora está sujeita, se condenada, de três a seis anos de prisão, além de multa.

Sem fechar portas

Bolsonaro disse ontem não estar definido a quem apoiará para prefeito de São Paulo. Em tom conciliador, voltou a citar as duas possibilidades: o prefeito Ricardo Nunes (PSD) e o deputado Ricardo Salles (PL).

Impeachment

A ida de Lula ao Foro de São Paulo, em Brasília, no fim da última semana, rendeu ao petista mais um pedido de impeachment. O oitavo. Foi protocolado pelo deputado delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Senado ‘on’

Ao contrário da Câmara que paralisou as CPIs, no Senado as audiências continuam. Hoje (4), a CPI das ONGs tem três oitivas que devem trazer denúncias sobre a atuação de ONGs picaretas que agem na Amazônia.

Correria

No cronograma do presidente da Câmara, Arthur Lira, a reforma tributária deve ser votada ao menos no primeiro turno nesta semana. O plano é concluir até semana que vem e passar para o Senado antes do recesso.

Drogas para depois

O Supremo Tribunal Federal deve retomar só no próximo semestre o julgamento sobre descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. O recesso do Judiciário empurrou a decisão para depois.

Autofagia

Faz sucesso nas redes sociais um vídeo da manifestação de membros da ONG ambiental Just Stop Oil, que impede a passagem de caminhões e carros alegóricos num desfile LGBT, em Londres. Quem ganha?

Ofensiva

Além da anistia a supostos crimes eleitorais, tramita na Câmara outro projeto que, aprovado, viabilizaria uma candidatura de Jair Bolsonaro. Bibo Nunes (PL-RS) quer reduzir a inelegibilidade para três anos.

Lorota ministerial

O ministro Rui Costa (Casa Civil) anunciou como “obra do novo PAC” o trecho da Ferrovia Oeste-Leste, de Ilhéus e Caetité. Mas a obra não é do governo. É privada. O trecho foi leiloado no governo Bolsonaro em abril de 2021 e arrematado pela Bamin, que fará 100% do investimento.

Perguntar não atenta

O “crime” de criticar urna eletrônica é imprescritível?

PODER SEM PUDOR

Sarney chamou o Urutu

Na abertura de uma Conferência dos Advogados de Brasília, em Brasília, o então senador José Sarney contou uma conversa com o general Leônidas Pires Gonçalves às vésperas da sua posse na presidência da República. Sarney disse ao seu futuro ministro do Exército que o então presidente João Figueiredo não lhe passaria a faixa presidencial. “Faixa é coisa secundária”, reagiu Leônidas, “deixe isso comigo.” Pilotando o Urutu, o general garantiu a posse e a faixa.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.

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