Quinta-feira, 24 de abril de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
17°
Mist

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Esgotamento dos estoques de mísseis leva Moscou a utilizar cada vez mais as perigosas bombas aéreas teleguiadas

Compartilhe esta notícia:

Bombas teleguiadas russas são lançadas de aviões como o Sukhoi Su-24. (Foto: StockTrek Images/IMAGO)

No início da invasão russa à Ucrânia, as bombas aéreas teleguiadas eram utilizadas esporadicamente, mas agora, isso ocorre todos os dias. No início de abril, a Força Aérea ucraniana informou que a Rússia disparava até 20 dessas bombas por dia ao longo de toda a fronteira.

“Os russos lançam mais e mais dessas bombas por que seus estoques de mísseis já estão se esgotando. Restam alguns poucos, por isso, passaram a usar as bombas aéreas, que são mais baratas”, afirmou Yuriy Ihnat, porta-voz da Força Aérea ucraniana.

O exército russo dispõe de dois tipos de bombas teleguiadas russas. O primeiro destes são as UPAB-1500B, que incluem um sistema de navegação inercial por satélite.

Para especialistas, a melhor proteção para a Ucrânia deste tipo de armamento seriam os modernos caças americanos F-16. “As bombas são difíceis de serem atingidas, dessa forma, seria mais fácil destruir seus transportes, ou seja, os aviões russos”, diz Oleksandr Kovalenko.

“Para conseguir combatê-los, a Ucrânia precisa de caças de quarta geração com alcance de mais de 100 quilômetros, como os F-16 ou os aviões de combate polivalentes Eurofighter Typhoon e Rafale”, explica o especialista.

Ele se diz convencido de que é impossível proteger as regiões de fronteira e as frentes de batalha das bombas teleguiadas russas, a não ser que a Ucrânia possa utilizar os aviões de combate adequados.

Bombas teleguiadas

A bomba teleguiada é projetada para atacar, em particular, alvos sólidos em terra ou na água, como casamatas de concreto reforçado, postos de comando, pontes ferroviárias e navios de guerra ou de transportes. Esses artefatos, criados por engenheiros russos, são de fabricação recente, mas, segundo especialistas, não é possível utilizá-los massivamente devido aos altos custos de produção.

O Exército russo, no entanto, usa atualmente na Ucrânia, na maioria dos casos, bombas antigas altamente explosivas e originalmente não teleguiadas do tipo FAB, que pesam 500, 1000 quilos ou 1,5 tonelada.

Os peritos avaliam que esses projéteis podem ser convertidos em bombas teleguiadas com o simples acréscimo de asas e de um sistema de navegação GPS, que as tornam um armamento de alta precisão.

Sistema insuficiente

As aeronaves capazes de transportar as bombas teleguiadas são os aviões de combate Su-30, Su-35, Su-24, Su-34 e alguns helicópteros de ataque. Segundo Yuriy Ihnat, as aeronaves russas deixaram de voar sobre o território ucraniano um mês após o início da invasão ao país vizinho, em fevereiro do ano passado.

Os russos se limitam a lançar essas bombas teleguiadas de dentro de seu território, próximo à fronteira ucraniana, ou das áreas sob controle russo ao longo das frentes de batalha.

“Os aviões russos conseguem lançar essas bombas 50 a 70 quilômetros dentro do território ucraniano. A distância depende da altitude e da velocidade da aeronave e do quanto eles estão próximos das fronteiras ou das frentes de batalha”, explicou.

“Mas esses aviões não voam além da fronteira porque sabem que podem ser abatidos. Quanto mais alto um avião voa, maior a possibilidade de ser detectado por nossas estações de radar”, diz o porta-voz da Força Aérea ucraniana.

Proteção

Para se defender das bombas teleguiadas, a Ucrânia utiliza sistemas de mísseis antiaéreos da era soviética, em particular, os modelos Buk ou S-300. Esses sistemas, porém, têm pouca eficácia, uma vez que é bastante difícil interceptar bombas aéreas com a utilização de mísseis.

“Os mísseis antiaéreos não atingem diretamente os alvos, mas explodem próximo a eles e os perfuram com fragmentos. Isso normalmente não funciona no caso de uma bomba aérea”, enfatizou Ihnat. Ele diz que a Ucrânia precisa de sistemas de defesa modernos, especialmente os Patriot e os SAMP-T para destruir essas bombas.

A Ucrânia, porém, não possui sistemas antiaéreos suficientes para cobrir toda a extensão das frentes de batalha ou de suas fronteiras com a Rússia e Belarus. Além disso, esses sistemas modernos não devem ser colocados próximos da zona de combates, uma vez que as forças russas tentariam imediatamente destruí-los, mesmo que somente por questões propagandísticas, diz Oleg Katkov.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Guerra na Ucrânia: os “navios fantasmas” russos acusados de sabotagem no Mar do Norte
Cheiro de corrupção: denúncias contra ministro da Suprema Corte agitam os Estados Unidos
https://www.osul.com.br/esgotamento-dos-estoques-de-misseis-leva-moscou-a-utilizar-cada-vez-mais-as-perigosas-bombas-aereas-teleguiadas/ Esgotamento dos estoques de mísseis leva Moscou a utilizar cada vez mais as perigosas bombas aéreas teleguiadas 2023-04-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar