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Espaços preciosos e desperdiçados

Ministro mandou Receita afastar dois servidores que atuaram em apuração sobre 133 contribuintes. (Foto: STF)

As avaliações são as piores sobre o que se ouviu, ontem, na cadeia obrigatória de rádio para propaganda eleitoral: mixórdia, confusão, desorganização, barafunda e embrulhada. Em síntese, um desrespeito ao ouvinte.

Alguns não produziram gravações. Os que enviaram acabaram atropelados pela falta de divisão entre o espaço de um partido e outro. Não é problema das emissoras, que recebem as gravações prontas. Se continuar assim, vai virar um espaço de humor. Só rindo daquilo tudo.

Reprises

A estreia dos programas de propaganda na TV mostrou: são os mesmos dos últimos 20 anos. Na forma, doce ao paladar. No conteúdo, vazio.

Audiência difícil de ser mantida

Na campanha eleitoral de 1989, a propaganda eleitoral em rádio e TV se prolongou por 59 dias. Veio caindo e, em 2014, estava em 45. Agora, são 35 dias. Se houvesse aproveitamento com a exposição de saídas para a crise, vá lá. Porém, o bla-bla-blá e o mundo dos sonhos levam à perda da paciência.

Não provocam

O MDB lançou Henrique Meirelles para defender o presidente Michel Temer de ataques. Por enquanto, não houve necessidade. Os candidatos não falam de juros e inflação, que estão em patamares baixos. Debater sobre finanças com Meirelles tem risco de expor a falta de conhecimento. Nenhum tem domínio do assunto como o ex-ministro da Fazenda.

Menos decibéis

Marina Silva entra na contramão da maioria dos candidatos: “O Brasil não precisa de showman. Não precisa de gritaria, berro, murro na mesa”.

Ficam distantes

O que não entrou na campanha eleitoral: o Brasil ocupa a última posição em ranking da agência Austin Rating, que mediu a evolução do Produto Interno Bruto de 47 países no segundo trimestre. Crescemos 1 por cento enquanto a Índia, que aparece no topo, avançou 8,2 por cento.

Antes e depois

O presidente Michel Temer usou tática conhecida: quarta-feira, anunciou o reajuste salarial dos servidores da União para valer no próximo ano. Ontem, ao conversar com a equipe econômica, voltou atrás, adiando para 2020. Agora, vai argumentar que a culpa não é dele, mas dos técnicos.

Mais um round

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), aceitou o argumento de que ajuste fiscal ficará inviável. Por isso, concedeu, ontem, liminar favorável ao Estado do Rio de Janeiro para suspender os reajustes de 5 por cento aos servidores do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública.

Correm ao pote

Das 81 vagas no Senado, 54 serão renovadas. O número de candidatos bate recorde: 352. Buscam a tranquilidade por oito anos, tempo do mandato.

Ficou fora

O STF confirmou, a 1º de setembro de 1998, a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que rejeitou o pedido de registro da candidatura de Fernando Collor de Mello à Presidência da República pelo PRN.

Há 50 anos

A 1º de setembro de 1968, o deputado federal Márcio Moreira Alves, do MDB, fez discurso considerado ofensivo às Forças Armadas. O Executivo pediu licença para processá-lo, negado a 12 de dezembro. No dia seguinte, foi baixado o Ato Institucional nº 5. No discurso, Márcio havia pedido aos pais que não permitissem que os filhos comparecessem aos desfiles militares e que “as moças não dançassem mais em bailes com oficiais”.

Alô, alô

O Senado analisa projeto que aumenta pena para detento que usar celular no presídio. Acredita-se que o preso será informado da punição por mensagem ao seu celular.

Sentido figurado

Quando perguntam a candidatos de primeira viagem sobre a diferença entre uma árvore e a política, a resposta costuma ser: a política dá mais galhos.

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