Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2024
Adote o hábito de investir o quanto antes, mesmo que seja com valores pequenos.
Foto: FreepikA faixa etária dos 20 anos é uma fase em que muitas pessoas iniciam sua vida profissional e, consequentemente, a vida financeira. Esse é o momento em que uma parte dos jovens começa a lidar com o próprio dinheiro e requer novas responsabilidades que devem ser levadas em conta.
Lidar com o dinheiro exige atenção, escolhas estratégicas e entender a importância do planejamento financeiro desde cedo, conforme aponta Wanessa Guimarães, sócia da HCI Invest e planejadora financeira CFP pela Planejar. “Isso começa com um orçamento simples, onde você deve listar seus ganhos e controlar seus gastos”, diz.
Outra estratégia que ajuda inclusive a evitar que o jovem se afunde em dívidas é a reserva de emergência, segundo Paula Sauer, professora de economia e coordenadora do laboratório de inteligência financeira da ESPM. “Caso a realidade permita, é importante criar o hábito de reservar com constância um percentual do salário e dos rendimentos que cubram os gastos por pelo menos 6 meses. Assim, de cabeça fria, serão feitas melhores escolhas, sabendo que existe uma segurança financeira”, afirma.
Uma vez formada essa reserva, a pessoa consegue estabelecer para quais fins o dinheiro pode ser usado para além dos gastos básicos. Fazer uma viagem, um curso ou um intercâmbio, por exemplo, são planos que requerem planejamento e que podem ser encaixados.
Além disso, para desenvolver e alcançar uma vida financeira saudável, existem alguns pontos que devem ser evitados. Confira as dicas dadas pelas especialistas.
Não gaste mais do que você ganha
Segundo Guimarães, essa é uma regra de ouro, pois permite não só evitar dívidas, mas também começar a poupar e investir dinheiro.
O uso indevido do cartão de crédito é um exemplo de quando se gasta mais do que de fato se tem na conta bancária, portanto, é fundamental ter cautela ao usá-lo. Se você não conseguir pagar o valor total da fatura, evite o uso desse tipo cartão, pois os juros são altos e podem gerar dívidas.
Invista cedo
Nessa etapa da vida, é comum priorizar os gastos com consumos imediatos ao invés de acumular dinheiro pensando no longo prazo. “Muitos jovens não aproveitam o poder dos juros compostos, que potencializam o crescimento do seu dinheiro ao longo do tempo”, diz Guimarães.
Adote o hábito de investir o quanto antes, mesmo que seja com valores pequenos. Segundo a planejadora financeira, Fundos de índice ou Tesouro Direto são boas opções para quem está começando.
Mais de uma renda
Não se limitar a apenas uma fonte de renda pode fazer a diferença em momentos de emergência. Os próprios investimentos são uma opção para isso, uma vez que o valor aplicado estará rendendo e não ficará parado em uma conta bancária.
Não “empreste” o nome
Emprestar o nome para que outra pessoa faça um empréstimo ou financiamento é um ato comum, mas que pode ter consequências negativas. Ao fazer isso, existe o risco de que a pessoa não pague o valor completo da dívida e deixe “sujo” o nome que consta no contrato.
Cuidado com dicas
Busque a orientação financeira de um profissional que possua o certificado de assessoria. Hoje em dia, muitos influenciadores na internet fazem recomendações e conteúdos sobre finanças, mas nem todos possuem conhecimento e repassam informações confiáveis.
Somente analistas CNPI são autorizados a fazer recomendações de investimento. Esses profissionais são credenciados e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Não” a recompensas imediatas
Um dos erros mais frequentes está relacionado a recompensas imediatas. Existe uma pressa para a realização de lucro em circunstâncias em que a disciplina e a paciência são fundamentais. “Em função disso, jovens caem em pegadinhas, fraudes e se envolvem com pirâmides financeiras e com as bets [apostas on-line], perdendo assim, muito dinheiro”, aponta Sauer. (Cecília Mayrink/AE)