A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, expressou suas expectativas em relação ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e à continuidade dos compromissos internacionais assumidos pela administração Biden. Janja enfatizou a importância de manter acordos que visam o bem comum, independentemente de mudanças de governo.
“Acho que compromissos assumidos que caminham para um bem comum, eu acho que não devem ser alterados por uma nova gestão”, declarou a primeira-dama em entrevista exclusiva concedida à âncora da CNN, Débora Bergamasco.
A primeira-dama destacou o papel crucial da Aliança Global, uma iniciativa que vai além da participação governamental.
“O que é importante da aliança global é que não só os países fazem adesão, a gente tem instituições aderindo, a gente tem academia, o mundo acadêmico que está contribuindo na formulação dessas políticas”, explicou Janja.
Janja ressaltou que a Aliança Global representa um movimento da sociedade em prol de objetivos comuns, envolvendo diversos atores além dos governos.
“A gente tem uma sociedade em movimento em prol da aliança. Então é isso que é importante, não são só os países, são outros atores desse mundo complexo que a gente tem, que estão ali se unindo para um objetivo final”, afirmou.
Ela expressou esperança de que o novo governo americano compreenda a importância de manter os compromissos internacionais.
“Eu espero que o novo governo americano entenda isso, da importância disso, eu acho que vai entender”, disse a primeira-dama, demonstrando otimismo quanto à continuidade das políticas de cooperação global.
Representante das mulheres
Janja enfatizou a importância de sua atuação como representante das mulheres brasileiras. A fala da primeira-dama ressalta a importância da representatividade feminina nas esferas de poder e tomada de decisão. Em uma declaração contundente, Janja afirmou:
“Acho que quando eu ligo para um ministro, talvez não seja só a Janja falando. Talvez, por exemplo, na questão da cocção limpa, talvez eu esteja sendo a voz de milhares de mulheres. É isso que as pessoas precisam entender”.
Ao mencionar a “cocção limpa”, Janja faz referência a políticas públicas que visam melhorar as condições de vida e saúde das mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
A postura de Janja como interlocutora entre as demandas populares e os membros do governo tem gerado debates sobre o papel da primeira-dama na administração federal. Enquanto alguns veem sua atuação como uma forma de amplificar vozes tradicionalmente marginalizadas, outros questionam os limites de sua influência em decisões governamentais.