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Política Espionagem da Abin atingiu 30 mil brasileiros e guardou dados em Israel, diz chefe da Polícia Federal

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A PF fez buscas contra o ex-diretor-geral da Abin, deputado federal Alexandre Ramagem, aliado próximo da família Bolsonaro.

Foto: Divulgação/PF
Agência teria tentado impedir o acesso ao Centro de Inteligência Nacional. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) estima que 30 mil cidadãos brasileiros tenham sido monitorados de forma ilegal pela Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). As informações foram divulgadas pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos.

Nesta quinta-feira (25), a PF fez buscas contra o ex-diretor-geral da Abin, deputado federal Alexandre Ramagem (PL), aliado próximo da família Bolsonaro, e contra outros servidores da agência suspeitos de envolvimento com a espionagem ilegal.

A decisão de 38 páginas foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizando a operação da Polícia Federal.

Ao autorizar a operação contra Ramagem e outros envolvidos, o ministro do Supremo também determinou:

proibição do acesso a qualquer dependência da PF, salvo mediante intimação;
proibição de manter contato com qualquer investigado;
suspensão do acesso à rede e a sistemas da infraestrutura da PF.

A PF pediu a suspensão do mandato parlamentar de Ramagem, mas a solicitação foi negada por Moraes, sob o argumento de que “não se vislumbra a atual necessidade”.

O magistrado determinou à Polícia Federal, no caso de Ramagem, a apreensão de documentos, computadores, celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos.

Segundo as investigações, o monitoramento era feito com o software israelense FirstMile, e, por conta disso, os dados eram armazenados fora do País.

“A investigação tem apurado que de fato houve durante um período o monitoramento de muitas pessoas, estima-se em torno de 30 mil pessoas, clandestinamente, ou seja, de maneira ilegal”, disse o chefe da PF em entrevista recente para a GloboNews.

“Esses dados de monitoramento dos cidadãos brasileiros estavam armazenados em nuvens em Israel, porque a empresa responsável por essa ferramenta é israelense.”

Em regra, segundo Passos, os alvos eram pessoas de posição contrária ao governo anterior – juízes, políticos, mas também professores, jornalistas e sindicalistas.

Conforme o chefe da PF, a ferramenta é capaz de monitorar aparelhos usando dados de GPS dos aparelhos, o que permitia não só acompanhar a movimentação das pessoas monitoradas, mas também descobrir quem se encontrava com quem.

A obtenção dos dados era feita por meio da invasão de aparelhos celulares – e não apenas via dados de antenas de celular.

“Ela [ferramenta] permite o rastreio mediante a invasão dos aparelhos. não é apenas monitoramento de antena. Ou seja, há monitoramento telefônico de sinais que apontam a localização exata que essas pessoas estão. E aí, a partir de cruzamento de informações […] posso concluir que eles se encontraram em determinado momento e em determinadas circunstâncias. Portanto, isso traz uma série de consequências.”

 

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