Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2024
A Justiça do Trabalho de São Paulo recebeu, no final de maio, duas ações trabalhistas indicando como rés o espólio da cantora Gal Costa e a viúva da artista, a empresária Wilma Petrillo. As cobranças trabalhistas são assinadas pela ex-empregada doméstica da família e pelo ex-funcionário de serviços gerais.
O casal reclama, por exemplo, do não pagamento de auxílio alimentação, 13º salários, FGTS, férias, horas extras e outros direitos. Somadas as queixas, o valor total requerido é de R$ 1.141.581,07. As carteiras de trabalho de ambos nunca foram assinadas, segundo constam nas petições iniciais.
No caso da doméstica, a ação narra a trajetória da funcionária na casa de Gal. Ela trabalhou em dois endereços onde a família morou antes da morte da artista. O primeiro, de 2017 a 2020, no Jardim Paulista. O segundo, por sua vez, no casarão no Jardim Europa, entre 2020 e 2022. Moravam na casa, além de Gal e Wilma, o filho da cantora, Gabriel, além da irmã da viúva, que também lhe dava ordens.
Somente a ex-funcionária diz ter direito a mais de R$ 832 mil. Sua ação tramita na 82ª Vara do Trabalho, e tem audiência preliminar marcada para 1º de agosto. Já o caso ex-funcionário de serviços gerais está na 74ª Vara do Trabalho, e tem audiência inicial agendada para 5 de agosto.
Briga pela herança
A partilha da herança da cantora gerou uma disputa judicial entre seus familiares. De um lado, Wilma Petrillo, ex-empresária da cantora, pede o reconhecimento de uma união estável com a artista na justiça. Caso isso aconteça, ela tem direito a 50% do patrimônio deixado por Gal.
Do outro lado, Gabriel da Costa Penna Burgos, filho da cantora que completou 18 anos recentemente, também recorreu à justiça para questionar as reivindicações de Wilma, a quem ele refere como ‘”madrinha.” Segundo a defesa de Gabril, Gal deixou um testamento que mão incluia Petrillo — e ela teria ciência disso.
O reconhecimento da união entre as duas dá a Petrillo direito de ficar com 50% do patrimônio de Gal. Defensoria Pública alegou que Wilma não apresentou “suficiente documentação comprovatória da alegada união estável”. No mês seguinte, a viúva afirmou que Gabriel declarou, de forma expressa, o bom convívio entre ela e Gal.
Desde a notícia do falecimento de Gal, diversas denúncias foram feitas contra Wilma, que foi acusada de golpes, ameaças e assédio moral. Uma reportagem da revista Piauí reuniu 13 relatos — de seis ex-funcionários de Gal, seis amigos e um parente — afirmando que a conduta de Petrillo teria levado a cantora à falência.
Um amigo da cantora, o médico Bruno Prado, contou que Wilma chegou a pedir entre R$ 10 mil e R$ 15 mil reais emprestados para uma cirurgia nos olhos e o dinheiro não foi devolvido no prazo. Ele deixou de ser convidado para shows e festas na casa da cantora e ainda alegou que Petrillo o ameaçou.