Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de março de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O PMDB gaúcho pratica o bi-canoismo em relação à Previdência Social. Tem um pé no barco que anda a favor da reforma. Outro pé na contra corrente. Não deixa de ser um comportamento que o partido adotou desde a redemocratização. Inclusive quando abriu o livro para filiação de defensores do regime militar, que tanto combateu.
SÍNTESE
Na América Latina, o clientelismo e o populismo desfiguraram a Previdência contributiva e fortalecem a assistência social. A bomba-relógio da demografia vai produzindo pessoas que precisarão de proteção e não têm condições de custear mensalmente para se aposentar.
RETRATO SEM RETOQUES
Com o endividamento que o Rio Grande do Sul tem hoje, atingindo 60 bilhões de reais, seriam necessários dois anos de arrecadação sem nenhum gasto do governo e sem investimento para se reequilibrar.
FALOU POR NÓS
O ex-deputado Roberto Jefferson provoca o ministro da Fazenda que vê no aumento de impostos a única saída para fazer caixa: “Cadê a tão propalada genialidade de Henrique Meirelles? Subir imposto para cobrir o rombo do orçamento é mole, qualquer um faz. Cortar na carne sem diminuir a produtividade do setor público é que são elas. Se tiver que elevar tributos, que a Fazenda o faça diretamente, sem passar pelo Congresso. Caso contrário, vai amargar uma derrota sem precedentes.”
EM JULGAMENTO
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vai se reunir hoje para avaliar o preço de uma cuspida. O relator Ricardo Izar pedirá a suspensão do mandato de Jean Wyllys por quatro meses. A 17 de abril do ano passado, no calor da discussão sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o parlamentar do PSol cuspiu em Jair Bolsonaro, do PSC.
QUER PREVER TUDO
A Constituição Federal é como corredor de ônibus: sempre cabe mais um artigo. Agora, proposta de emenda quer incluir a regulamentação das funções notariais e de registro como essenciais à Justiça. Cabe lembrar que até a negociação das dívidas do setor agrícola entrou no texto de 1988. Não é por menos que a Constituição brasileira é uma das mais extensas do mundo.
RÁPIDAS
* Há uma corrente no governo do Estado que rejeita os vaticínios apocalípticos para as finanças, achando que significa tiro no pé.
* A cada dois anos, os eleitores escolhem o produto exposto, muitas vezes falsificado. Usando uma imagem, votam no príncipe e aparece um sapo.
* Qual o parlamentar que, no Congresso, convencerá a população de que existe pacto federativo?
* A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) segue sob tensão.
* A cada sessão plenária, o deputado estadual Enio Bacci vai à tribuna cobrar a abertura de CPI do Badesul, cujo prejuízo se aproxima de 200 milhões de reais.
* Três anos consecutivos do Produto Interno Bruto negativo no Rio Grande do Sul. É o que economistas chamam de reincidência na recessão.
* No Palácio Piratini, o tempo está virando: chegam o frio, a chuva e o pico da febre política.
* Manobra nos bastidores pretende restabelecer a chance do troca-troca de filiações partidárias. Teríamos nova temporada da gangorra de siglas e negócios por baixo do pano.
* A 29 de março do ano passado, em reunião de três minutos, o PMDB confirmou o afastamento do governo Dilma Rousseff. A partir daí, adotou a linha das indiretas já.
* A primeira panela de pressão surgiu em 1679, mas nunca foi tão utilizada como na atual política brasileira.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.