Um dos fatos que marcaram a posse de Lula nesse domingo (1º) foi o esquema de segurança – o maior da história no período democrático. O número de agentes escoltando o carro presidencial, por exemplo, nunca passou de dez. Nesse domingo, chegou a 40.
Segundo a secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, somente um homem foi detido e encaminhado à delegacia. Ele portava uma faca e fogos de artifício.
Ocorrência mesmo só de pessoas se sentindo mal por causa do calor. Os bombeiros atenderam 160. Para aliviar, jogaram água na multidão que estava na Praça dos Três Poderes.
Por volta de 12h30, as forças de segurança colocaram grades e fizeram um cordão de isolamento na praça. A medida foi mais uma no reforço da segurança que limitou o número de pessoas em frente ao Planalto em 40 mil. Quem não conseguiu entrar, se espalhou pela Esplanada.
Um pouco antes de Lula chegar à Catedral, um agente da PF usou um equipamento especial para derrubar um drone que sobrevoava a Esplanada sem autorização. Pouco depois, outro drone – desta vez da PM – decolou para sobrevoar a Esplanada, e comandantes da operação analisaram as imagens e avaliaram que a situação era tranquila.
Todo esse esquema de segurança permitiu que o trajeto do presidente Lula pela Esplanada fosse feito exatamente como ele queria: em carro aberto para que ele pudesse acenar para a multidão e ser visto por todos.
Rolls-Royce
O Rolls-Royce presidencial que transportou Lula na cerimônia de posse teve um número recorde de seguranças escalados pela Polícia Federal.
Cerca de 40 policiais acompanharam o veículo no seu percurso pela Esplanada dos Ministérios. Segundo integrantes da cúpula da PF, o número é mais que o dobro de seguranças que fizeram o mesmo trabalho em posses anteriores.
A equipe de segurança de Lula, coordenada pelo delegado Andrei Rodrigues, avaliou a possibilidade de o petista utilizar um carro blindado, mas o presidente sempre mostrou resistência a esse plano. O martelo sobre o uso do Rolls-Royce foi batido somente nesse domingo.
Andrei Rodrigues foi escolhido pelo presidente para o cargo de diretor-geral da PF.