Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A crise não faz distinções: ataca estados pequenos, grandes, ricos e pobres. Por isso, a reunião dos governadores de São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Pará e Alagoas, hoje, na capital paulista, para tratar das finanças debilitadas, deveria contar com a participação do Espírito Santo, que pode dar uma aula de superação. O seu comprometimento com a despesa de pessoal em relação à receita, em 2018, ficou em 54,6 por cento, o mais baixo do país. A média nacional vai a 60,7 por cento. Outras medidas: diminuiu os cargos comissionados e criou filtro com rigor sem precedentes para os gastos. Não custa aprender.
Não está fácil
Em reuniões que tratam da situação financeira, técnicos do governo estadual, que precisam desmanchar a bomba, começam a usar a expressão inferno fiscal.
Na terra do absurdo
A Assembleia do Rio de Janeiro iniciará novo período nesta sexta-feira com cinco dos 70 deputados presos. Reeleitos, têm 60 dias após a posse para tentar ganhar a liberdade no processo da Operação Furna da Onça, um dos braços da Lava Jato. A garantia está prevista no Regimento Interno.
O Legislativo do Rio dá emprego a 5 mil e 500 servidores. Desses, 4 mil e 226 nomeados livremente pelos deputados. Só para comparar: o Brasil tem 154 fiscais para supervisionar 24 mil barragens.
Conta-gotas mineiro
O governador de Minas, Romeu Zema, anunciou o pagamento do 13º salário de 2018 para os servidores públicos do Estado parcelado em 11 vezes ao longo do ano. São 371 mil e 786 ativos, além de 256 mil e 81 inativos e 52 mil pensionistas. Zema analisou e rejeitou a solução dada no Rio Grande do Sul para pagar em dezembro do ano passado: o empréstimo bancário com pagamento mensal de 12 milhões de juros a cada mês.
Para conferir
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Dirceu Franciscon, participa hoje de reunião em São Paulo com a direção da General Motors, que ameaça reduzir drasticamente a produção em Gravataí.
Reconhecimento
A 30 de janeiro de 1999, Roberto Campos discursou da tribuna da Câmara dos Deputados, despedindo-se da atividade parlamentar que somou 16 anos. Afirmou que o imposto sobre movimentação financeira, com alíquota única, deveria substituir todas as contribuições sociais que oneravam a contratação da mão-de-obra. Elogiou o projeto no mesmo sentido do deputado federal gaúcho Luís Roberto Ponte, que já tinha sido aprovado em Comissão Especial “e avançava muito mais na direção desses objetivos que qualquer das propostas do Executivo, com os vícios de um fiscalismo obsoleto”.
Chance perdida
A tentativa liderada por Ponte de reduzir o número espantoso de 93 tributos não prosperou porque contrariava interesses de corporações. Simplificar, por exemplo, diminuiria quadros de setores fazendários. Para convencer os parlamentares, não foi suficiente a garantia antecipada de que a reforma elevaria a receita de impostos. O projeto sucumbiu.
A fila anda
José Fortunati saiu do PSB. O fato de não ter concorrido ao Senado deixou sequelas. No Palácio Piratini, especulavam ontem sobre sua participação em algum cargo do governo do Estado.
Desprezo à vida
O rompimento da barragem de Mariana, em 2015, foi considerado o segundo maior acidente ambiental do mundo. Quando a Justiça não pune, os criminosos voltam a agir.
Beatriz Cerqueira, do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, publicou dados oficiais: “Vários instrumentos que verificam o nível da água da barragem em Brumadinho não estavam em funcionamento, houve falha no sistema de drenagem, assoreamento, elevação exorbitante da altura da barragem e o plano de emergência era simplesmente pro forma, além de ineficiente.”
Para não contrariar
Três dos quatro integrantes da bancada estadual do PSDB votaram a favor da venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Agora, o projeto volta à Assembleia com o veto do Executivo. Em dezembro, Zila Breitenbach se absteve; Lucas Redecker assumirá na Câmara dos Deputados e Adilson Troca não se reelegeu. Com a nova composição da bancada, Pedro Pereira é o único remanescente que terá de trocar de posição, votando a favor do veto.
Deu no site
“Após prisões, diretor jurídico da Vale diz que empresa colabora com autoridades.”
Agora é tarde.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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