Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2016
Dez meses após o início da tramitação do processo no Conselho de Ética, a Câmara dos Deputados tem sessão convocada para esta segunda-feira a fim de votar a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Por ser uma segunda-feira e um período de campanha eleitoral, há o receio de parte dos líderes partidários de não haver quórum suficiente para a votação.
As ausências podem beneficiar Cunha, uma vez que são necessários, pelo menos, 257 votos favoráveis para a perda do mandato. O deputado do PMDB foi eleito para comandar a Casa após derrotar em primeiro turno o candidato oficial do governo de Dilma Rousseff, em fevereiro de 2015, e desde então se transformou em um dos protagonistas da cena política nacional.
Político de bastidores e com péssima fama no Congresso, Cunha ancorou sua eleição na insatisfação parlamentar contra Dilma, de um lado, e na rede de cerca de cem deputados que receberam recursos para suas campanhas por seu intermédio. Sua gestão pode ser dividida em capítulos, a maioria deles polêmicos e conturbados. Desde o início o presidente da Câmara jogou por terra a promessa de não ser fonte de instabilidade política e partiu para o confronto com os adversários.