Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro Guedes, da Economia, pode trocar o nome Paulo por Pedro, porque dá a entender que assumiu a condição de Primeiro ou Segundo, os imperadores do Brasil. Ao negar a existência da dívida da União com os Estados, por conta da Lei Kandir, despreza o Supremo Tribunal Federal, que deu prazo para o repasse em parcelas de 600 bilhões de reais. A era do tudo posso e tudo faço, impondo a vontade pessoal, terminou a 15 de novembro de 1889.
Parado na estação
O Rio Grande do Sul anda na contramão de outros estados que batem à porta do governo federal para integrar o programa de ampliação das ferrovias, sob administração privada. Hoje, 80 por cento do transporte terrestre de cargas no Brasil se dão sobre rodas e apenas 20 por cento em trens. Nos países industrializados e outros em desenvolvimento é o contrário. Comparado ao transporte rodoviário, o ferroviário emite apenas um quarto de gases de efeito estufa e custa um sexto do valor do frente. Atualmente, estão disponíveis para operações no país 30 mil quilômetros de trilhos. O Rio Grande do Sul tem 3 mil e 400 quilômetros.
Difícil de entender
Há produtos, incluindo os da cesta básica, cujo preço dobra com o transporte rodoviário. Caso do açúcar, do arroz e do feijão, entre outros, que poderiam custar a metade se usassem as ferrovias.
Observação precisa
No pronunciamento que fez na sessão plenária de ontem, o deputado estadual Issur Koch, do PP, revelou: a filha de 12 anos, que o acompanha no dia a dia, já disse que não quer ser política quando crescer. Motivo: não há privacidade e vê o pai ser indagado sobre tudo a qualquer hora. Escolherá uma atividade mais tranquila. Em 2016, Koch se elegeu como o vereador mais votado da história de Novo Hamburgo. Para chegar à Assembleia, obteve no ano passado um quarto dos votos válidos em seu município.
Reconhecimento
A Câmara dos Deputados homenageou ontem a Polícia Federal. Criada em 1944, ganhou maior projeção nos últimos anos, ao comandar a Operação Lava Jato que desmantelou esquema de corrupção sem precedentes no país. Atualmente, faltam 4 mil servidores em seus quadros.
Redução do risco
O Brasil já teve 1 mil e 550 planos de saúde privados. Passando pelo filtro antivigarice, sobraram 745.
Perto do cofre
Governadores começaram a discutir ontem a criação de região metropolitana do Distrito Federal. A esperança é que, estando próximo ao Ministério da Fazenda, fica fácil pedir.
Ninguém sabe, ninguém viu
A cédula a mais na eleição de Davi Alcolumbre para presidência do Senado, na sessão de 2 de fevereiro, seria investigada com rigor. Passaram-se 55 dias e não há pista para desvendar o mistério. Deve ser por falta de assessores que assumiriam a tarefa…
De pires na mão
De 8 a 11 de abril, acontecerá a 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. As bandeiras não mudam: pacto federativo justo, maior participação no Fundo de Participação, que é de competência da União, e fim da guerra do ISSQN.
A revoada pela capital federal não toca nas questões de fundo nem acena para perspectivas de futuro. Muitos dos municípios são pura ficção jurídica. Desde a criação ficaram desprovidos de autonomia técnica, que se dá pela competência da máquina administrativa, e também financeira. Para a maioria dos moradores, a cobrança de impostos em municípios menores é uma heresia. Afinal, quase todos se conhecem… Com isso, a arrecadação é diminuta e os serviços públicos desaparecem.
O que mais dirá?
Na entrevista à Rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, ontem pela manhã, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ofendeu o seu chefe ao dizer que “Cesare Battisti enganou Lula”. O atestado de ingênuo cabe a muitos, não ao ex-presidente.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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