O governador de São Paulo, João Doria, anunciou que as escolas públicas e privadas devem fechar gradualmente a partir de segunda-feira e até o dia 23 por causa da epidemia do coronavírus. Já a prefeitura de São Paulo determinou, também nesta sexta-feira (13), o cancelamento de todos os eventos promovidos pelo poder público que gerem aglomerações de pessoas. Estão suspensos, por tempo indeterminado, eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos e comerciais.
Aulas em São Paulo
De segunda a sexta da semana que vem as aulas serão normais na rede pública para informar sobre os procedimentos e as famílias se prepararem. As universidades públicas e privadas devem suspender já na segunda.
O governador, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e os secretários de educação (estadual e municipal) de São Paulo finalizaram no início da noite uma reunião em que discutiram sobre o fechamento das escolas no Estado em virtude da pandemia do coronavírus.
O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, explicou é importante dar tempo às famílias. “A interrupção imediata acarretaria um problema porque as crianças têm que ficar com avós”, completou o secretário municipal de educação”, Bruno Caetano.
O governo do Estado de São Paulo não pretendia ainda cancelar as aulas. A possibilidade era estudada apenas para daqui a duas semanas, quando poderia haver mais casos da doença.
O que mudou foi que o Ministério da Saúde recomendou nesta sexta que locais onde já existam transmissões comunitárias, ou seja, quando não é possível identificar nenhum vínculo da transmissão (como alguém que viajou para outro país, por exemplo), adiante as férias escolares. O documento diz que instituições de ensino planejem “a antecipação de férias, visando reduzir o prejuízo do calendário escolar ou uso de ferramentas de ensino a distância”.
A rede estadual de São Paulo é a maior do Brasil com 3,5 milhões de alunos e rede municipal, outros 3 milhões. Nas escolas particulares estão mais 2 milhões de crianças e jovens.