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Mundo Estados Unidos acompanham aventura do presidente da Venezuela na Guiana e devem atuar para defender petroleiras norte-americanas na região

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Maduro diz que EUA não devem se envolver em disputa com a Guiana. (Foto: Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela)

O governo brasileiro acompanha de perto a aventura do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na Guiana. O caminho mais fácil para uma invasão venezuelana na Guiana seria por território brasileiro, mas o Brasil já avisou que não admitirá isso.

Pela fronteira por terra, há uma floresta e montanhas, o que dificulta uma ação militar. Ou por um pequeno espaço litorâneo. Mas esses não são os principais obstáculos.

O maior deles é a presença da empresa americana Exxon Mobil na região, explorando petróleo. Uma invasão acabaria gerando uma reação do governo dos Estados Unidos. A empresa descobriu petróleo na região em 2015. Atualmente, os cálculos apontam para reservas de 11 bilhões de barris de petróleo, o que pode colocar a pequena Guiana entre os vinte maiores produtores do óleo no mundo.

A descoberta da Exxon Mobil acabou transformando a economia da Guiana, uma ex-colônia britânica, e atraindo a ambição da Venezuela.

Inicialmente, a diplomacia brasileira acreditava que Nicolás Maduro estava apenas fazendo um gesto político para se fortalecer na política venezuelana, diante da proximidade das eleições presidenciais no país.

Ele realizou um plebiscito que, diz, teve o apoio de 90% dos venezuelanos para anexar a região de Essequibo na Guiana. Só que fontes independentes apontam que o plebiscito teve baixa participação e não teria tido o apoio alardeado por Maduro.

Redução de sanções

Recentemente, a Venezuela contou com uma negociação com os Estados Unidos com a promessa de eleições limpas no próximo ano. Isso acabou reduzindo as sanções aplicadas pelos EUA e que estavam sufocando economicamente o país.

Agora, em uma eventual invasão, os Estados Unidos podem voltar a aplicar sanções mais rigorosas e até defender a Exxon na região, considerada estratégica para o governo americano como fonte de fornecimento de petróleo para o país.

A descoberta de petróleo fez a Guiana dar um salto econômico nos últimos três anos, quando o petróleo começou a ser explorado e vendido de fato. O país cresceu 62% em 2022, uma taxa nunca vista nas estatísticas mundiais. Neste ano, o crescimento do PIB local pode atingir 37%.

Recado de Maduro

Em uma live, Nicolás Maduro afirmou que os “Estados Unidos, eu aconselho, longe daqui. Deixem que a Guiana e a Venezuela resolvam este assunto em paz”. Foi uma resposta a um comentário feito pelo porta-voz do departamento de Estado, Matthew Miller. Segundo o representante da diplomacia americana, o governo de Joe Biden apoia uma solução pacífica para a questão e que isso não é algo “que pode ser resolvido por meio de um referendo”.

Maduro também questionou uma declaração do presidente da Guiana de que tropas dos EUA estariam na região para enfrentar forças venezuelanas, no caso de uma anexação. “O presidente da Guiana disse que tinha tropas dos Estados Unidos prontas para travar uma guerra contra a Venezuela. Ou seja, os Estados Unidos – mais uma vez – estão agindo como estão: fazem uma promessa à Guiana e incentivam a provocar a Venezuela”, disse Maduro durante a transmissão.

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