Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2023
Os Estados Unidos reiteraram, no último sábado (16), sua advertência à Coreia do Norte, garantindo que qualquer ataque nuclear contra o país resultará “no fim do regime de Kim Jong-un”. Uma declaração conjunta do Grupo Consultivo Nuclear EUA-Coreia do Sul também afirmou que um ataque nuclear de Pyongyang contra Seul “receberá uma resposta rápida, esmagadora e decisiva”.
“Os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso inabalável em oferecer uma dissuasão ampliada à República da Coreia, apoiada por toda a gama de capacidades americanas, incluindo a nuclear”, acrescenta o comunicado divulgado pela Casa Branca.
O presidente americano, Joe Biden, já havia emitido um aviso similar em abril, quando afirmou que um ataque nuclear por parte da Coreia do Norte “provocaria o fim” do governo de Pyongyang, liderado por Kim Jong-un. Cinco meses antes, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, pronunciou-se nessa mesma linha.
No ano passado, a Coreia do Norte se declarou uma potência nuclear “irreversível” e reiterou, em diferentes ocasiões, que nunca abandonará seu programa nuclear, por considerá-lo essencial para sua sobrevivência.
Em novembro passado, Pyongyang pôs em órbita, com sucesso, um satélite espião militar e, desde então, afirma que o dispositivo fornece-lhe imagens das principais instalações militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Míssil balístico
Já nesse domingo (17), a Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado, informaram a Guarda Costeira do Japão e os militares sul-coreanos, enquanto Pyongyang condenou as demonstrações de força militar lideradas pelos Estados Unidos como equivalentes a “uma prévia de uma guerra nuclear”.
O míssil foi lançado em direção ao mar na costa leste da Coreia do Norte, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. Cerca de 20 minutos depois de informar inicialmente o lançamento, a guarda costeira japonesa disse que o míssil já havia caído.
Ele parece ter caído fora da zona econômica exclusiva (ZEE) do Japão, informou a emissora NTV.
O lançamento ocorreu depois dos alertas de autoridades de Seul e Tóquio de que a Coreia do Norte, país com armas nucleares, estava se preparando para testar um míssil, incluindo um de seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) de maior alcance neste mês.
Todas as atividades de mísseis balísticos da Coreia do Norte são proibidas pelas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, embora Pyongyang as defenda como seu direito soberano de autodefesa.
Menos de meia hora após o lançamento, a mídia estatal norte-coreana divulgou uma declaração do Ministério da Defesa criticando os “gângsteres militares” dos Estados Unidos e da Coreia do Sul por aumentarem as tensões com exercícios, demonstrações de força e planejamento de guerra nuclear.
A declaração de um porta-voz não identificado do ministério citou a chegada do submarino de propulsão nuclear norte-americano USS Missouri à cidade portuária sul-coreana de Busan nesse domingo.
“As Forças Armadas da Coreia do Norte neutralizarão completamente a tentativa dos EUA e de suas forças vassalas de deflagrar uma guerra nuclear e, assim, garantirão de forma confiável a paz e a segurança na península coreana”, disse o comunicado.
O porta-voz também criticou a Coreia do Sul e os EUA por realizarem sua segunda reunião do Grupo Consultivo Nuclear em Washington na sexta-feira, como parte dos esforços dos aliados para simplificar o planejamento de guerra e aumentar as demonstrações militares de força como um aviso à Coreia do Norte. As informações são das agências de notícias AFP e Reuters.