Ícone do site Jornal O Sul

Estados Unidos: autoridades investigam avião que ficou a apenas 160 metros do chão durante voo

Aeronave da Southwest Airlines ficou a 160 metros do chão em Oklahama, nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

A Administração Federal de Aviação (FAA, sigla em inglês) está investigando um voo da Southwest Airlines que desceu de 14 quilômetros de altitude para cerca de 160 metros em Oklahoma, nos Estados Unidos. A baixa altitude fez soar um alerta de perigo no aeroporto da região e assustou moradores, segundo o The Guardian.

O incidente aconteceu nos primeiros minutos da madrugada da última quarta-feira (19). A descida gerou um alerta de baixa altitude no aeroporto local. Em vídeo compartilhado no X (antigo Twitter), o controlador aéreo questiona o piloto da aeronave: “Southwest 4069, alerta de baixa altitude. Está tudo bem aí?”.

O controlador de tráfego aéreo pode então ser ouvido instruindo o piloto a subir para uma altitude de mais de 914 metros. O Boeing 737 acabou pousando com segurança no aeroporto, sem feridos relatados.

“Depois que um aviso automático soou, um controlador de tráfego aéreo alertou a tripulação do voo 4069 da Southwest Airlines que a aeronave havia descido para uma altitude baixa a 14 quilômetros do Aeroporto Will Rogers World em Oklahoma City”, disse a FAA, em nota.

Outros incidentes

Em maio, mais um Boeing 737 da companhia teve danos em partes de sua estrutura após realizar um “dutch roll”, quando sua cauda desliza de um lado para o outro enquanto suas asas balançam para cima e para baixo.

Outro Boeing 737 da Southwest teve uma queda de aproximadamente 1,2 quilômetros por minuto no litoral do Havaí, em abril. De acordo com um memorando distribuído aos pilotos, a aeronave desceu rapidamente para cerca de 120 metros de altitude do Oceano Pacífico.

Maior acidente

Há quase 17 anos, um Airbus A320 da TAM saído de Porto Alegre não conseguiu pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou contra um prédio da própria companhia, deixando 199 mortos (sendo 187 no avião e 12 em solo). O acidente se tornou o maior da aviação comercial regular brasileira.

A tragédia de 17 de julho 2007 teve grande repercussão nacional e internacional. Na época, o Brasil, que seria escolhido poucos meses depois como sede da Copa do Mundo de 2014, atravessava o chamado “caos aéreo” – uma série de problemas que o setor da aviação civil enfrentou desde o ano anterior, quando um Boeing 737 da Gol se chocou com um jato Legacy e caiu na floresta amazônica, deixando 154 mortos.

As ocorrências provocaram uma série de revisões nos procedimentos da aviação comercial brasileira, que, apesar dos acidentes em 2006 e 2007, era considerada uma das mais seguras do mundo. Segundo autoridades e especialistas ouvidos pela CNN, entre as principais mudanças estão melhorias na tecnologia, na infraestrutura aeroportuária e nos treinamentos das tripulações.

Desde então, o Brasil teve outros acidentes aéreos, mas nenhuma tragédia de grandes proporções com vítimas fatais na categoria da aviação comercial regular, na qual as companhias comercializam passagens e possuem linhas pré-estabelecidas e com operação constante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da CNN.

Sair da versão mobile