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Mundo Os Estados Unidos criaram uma universidade falsa e prenderam 250 pessoas para quem haviam fornecido vistos para ingressar no país

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Instituição atraía estudantes estrangeiros que tentavam ficar no país como estudantes. (Foto: Divulgação)

Há 11 meses, documentos judiciais federais liberados revelaram que autoridades de imigração dos Estados Unidos criaram uma universidade falsa para atrair universitários nascidos no exterior que estavam tentando permanecer no país com vistos de estudante, possivelmente ilegais.

A Farmington University, escola fictícia que a Agência de Imigração e Alfândega (ICE) promoveu como sendo um centro de estudos científicos, tecnológicos e matemáticos para estudantes que quisessem se matricular e “não interromper sua carreira”, tinha nome falso, site falso e um lema falso sobre seu selo falso. “Scientia et Labor” dizia o selo – conhecimento e trabalho.

Em janeiro de 2019, oito pessoas que teriam trabalhado como recrutadoras da escola e ajudado ao menos 600 estudantes a permanecer no país “sob falso pretexto” foram acusadas de conspiração federal.
Ao mesmo tempo o Detroit News noticiou que dezenas de estudantes da Farmington University, muitos deles indianos, foram detidos por violações das leis de imigração e poderiam ser deportados.

Agora, de acordo com a agência, esse número já subiu para cerca de 250 universitários.

Essas prisões foram feitas entre janeiro e julho, afirmou a ICE em comunicado noticiado primeiramente pelo Detroit Free Press e ao qual o Washington Post teve acesso. A maioria das prisões foi feita em fevereiro, segundo as autoridades.

Quase 80% dos detidos teriam optado por deixar os EUA voluntariamente, segundo o comunicado.

Outros 10% dos alunos da Farmington University receberam uma “ordem final de remoção”, decretada por um juiz de imigração ou pela Customs and Border Protection (Agência de Alfândega e Proteção das Fronteiras, na sigla em inglês).

Os 10% remanescentes contestaram sua deportação encaminhando pedidos de assistência jurídica ou abrindo um procedimento junto ao Escritório Executivo de Revisão de Imigração.

Sete dos oito recrutadores se confessaram culpados e foram sentenciados a penas de prisão, disse ao Detroit Free Press um porta-voz do ICE em Detroit, Khaalid Walls. Dois deles foram condenados a 18 meses de prisão, dois a um ano de prisão, um a um ano de três meses meses e outro a dois anos.

O sétimo da lista, Prem Rampeesa, 27, foi sentenciado na semana passada a um ano de prisão, mas já passou 295 dias detido, de modo que provavelmente será solto em dois ou três meses e então deportado para a Índia, disse ao Detroit Free Press sua advogada Wanda Cal.

Ainda segundo o jornal, Phanideep Karnati, 35, será julgado em janeiro de 2020. Não está claro se todos os recrutadores serão deportados após cumprirem suas sentenças. As autoridades migratórias federais direcionaram perguntas sobre os processo judiciais a um procurador.

Em sua declaração, o ICE disse que a Farmington University foi criada para munir o Departamento de Segurança Interna de “evidências de fraude em primeira mão”.

“Escolas falsas nos possibilitam entender como estudantes e recrutadores tentam explorar o sistema de vistos de estudante não imigrante”, afirmou a agência.

Nos documentos originais de indiciamento, as autoridades disseram que os recrutadores coletivamente receberam mais de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,05 milhão) por seu trabalho, sem saber que o dinheiro vinha na realidade de agentes secretos a serviço da HSI (Investigações de Segurança Interna, na sigla em inglês), uma divisão da ICE.

A operação sigilosa, conhecida como Paper Chase (perseguição a documentos), foi conduzida por vários anos antes dos indiciamentos de janeiro.

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