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Mundo Estados Unidos devem começar neste mês a aplicação de doses de reforço contra covid, usando apenas a vacina da Pfizer

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Demais farmacêuticas norte-americanas demoraram a buscar autorização para injeção adicional. (Foto: Divulgação)

Deve começar neste mês o plano do governo dos Estados Unidos para oferecer doses de reforço de vacinas contra o coronavírus, utilizando-se apenas com o imunizante da Pfizer/BioNTech. De acordo com fontes ligadas ao sistema de saúde do país, a ação é mais restrita que a prevista inicialmente.

O presidente Joe Biden esperava lançar em 20 de setembro uma campanha para aplicar 100 milhões de doses de reforço. Mas os fabricantes norte-americanos do segmento – exceto a Pfizer – demoraram para buscar autorização de uma dose adicional. A Moderna, por exemplo, só começou a enviar dados na quarta-feira passada, concluindo o processo na sexta-feira.

Um painel de especialistas que aconselha a agência reguladora (FDA) dos Estados Unidos sobre vacinas planeja se reunir em 17 de setembro para discutir as doses adicionais do imunizante da Pfizer. Não está claro se a agência terá tempo suficiente para analisar a solicitação da Moderna antes da reunião.

A Johnson & Johnson ainda não pediu aos reguladores a aprovação de um reforço para sua vacina de dose única, e na semana passada afirmou que estava em discussões com o órgão sobre o assunto.

Variante Delta

As internações pediátricas causadas pelo coronavírus aumentaram durante o verão no Hemisfério Norte, à medida que a altamente contagiosa variante Delta se disseminava pelos Estados Unidos. É o que apontam dois novos estudos, realizados pelo Centro pela Prevenção e Controle de Doenças (CDC) norte-americano.

Do fim de junho ao meio de agosto, as taxas de internação de crianças e adolescentes aumentaram quase cinco vezes, apesar de permanecerem um pouco abaixo do pico de hospitalizações visto em janeiro, segundo uma das pesquisas.

As vacinas, contudo, fizeram a diferença: durante o surto atual, as taxas de internação de adolescentes não vacinados são dez vezes maiores do que as registradas entre aqueles com o ciclo vacinal já completo. As internações pediátricas foram quase quatro vezes maiores em estados com as menores taxas de inoculação do que nas unidades federativas com os melhores índices.

Incerteza

A pesquisa não deixa claro se os casos causados pela Delta em crianças e adolescentes são mais graves que as infecções resultantes de cepas anteriores do vírus. O aumento das internações pediátricas, apontam os especialistas, pode também ser uma consequência, da maior transmissibilidade da variante atualmente predominante.

Um dos estudos, inclusive, concluiu que a proporção de crianças internadas com casos graves de covid não aumentou entre o fim de junho e no início de agosto, quando a Delta se tornou a principal mutação nos Estados Unidos.

Também não parece que a variante Delta esteja afetando a incidência de doenças graves ou mortes entre crianças, que têm sido relativamente baixas durante a pandemia. Entre as crianças e adolescentes hospitalizados de 20 de junho a 31 de julho, por exemplo, 23,2% foram admitidos na UTI, 9,8% necessitaram de ventilação mecânica e 1,8% morreram — números similares aos pré-variante Delta.

As taxas de internação aumentaram de forma mais acentuada para crianças de 4 anos ou menos. Na semana que terminou em 14 de agosto, o número chegou a 1,9 por 100 mil crianças desta faixa etária, quase 10 vezes mais do que no final de junho.

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