Jaime Flórez, porta-voz da campanha de Donald Trump para a imprensa latino-americana, é um nome em ascensão nos bastidores da política americana. Nascido na Colômbia, Flórez integrou a equipe de Trump desde 2016 e testemunhou de perto tanto a vitória quanto a derrota do republicano. Agora, além de celebrar a recente eleição de Trump, ele se ocupa com a organização da posse marcada para 20 de janeiro, conhecida como “Inauguration Day”.
Sobre as relações com o Brasil, Flórez mostrou otimismo, destacando a parceria histórica entre os dois países. Apesar da proximidade de Trump com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Flórez acredita que a relação com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva será positiva. “O presidente eleito acredita em democracia, e o Brasil é uma democracia. Temos uma tradição de amizade entre nossos povos e uma parceria sólida, especialmente no comércio e em áreas como ciência e conhecimento”, afirmou.
Flórez destacou a intensidade da campanha republicana, que superou adversários de peso, como Nikki Haley e Chris Christie. Para ele, a vitória nas primárias foi um marco, consolidando Trump como o candidato do partido antes mesmo da convenção em julho. O porta-voz também comentou um episódio que, segundo ele, marcou profundamente a percepção dos eleitores: a tentativa de assassinato de Trump. “As pessoas se perguntaram por que alguém queria matar o presidente. Isso fez muitos acreditarem que ele era o mais indicado para resolver os problemas da nação”, relatou. Ele descreveu o episódio como um momento simbólico, no qual Trump, mesmo ferido, levantou o punho e gritou: “fight, fight, fight” (luta, luta, luta), ganhando a admiração de seus apoiadores.
Para Flórez, Trump se vê como um líder com uma missão maior, independentemente de já ter ocupado o cargo entre 2017 e 2021. “Ele não precisa de mais dinheiro ou fama. Ele acredita que é a pessoa indicada para resolver os problemas do país, como fez no passado”, disse, mencionando os desafios econômicos enfrentados pelos Estados Unidos, como inflação e aumento no custo de vida.
Flórez afirmou que muitos americanos estão descontentes com as políticas econômicas democratas, o que fortaleceu a campanha de Trump. Ele compartilhou relatos emocionantes de eleitores em suas viagens pelo país, como o de uma mulher que não conseguia decidir entre abastecer o carro para ir trabalhar ou comprar comida para a família. “É difícil ouvir isso no país mais rico da história da humanidade”, lamentou.
Apesar do apoio que viu nas ruas, Flórez reconheceu a polarização nas mídias sociais e os ataques a apoiadores de Trump. No entanto, ele enfatizou que a maioria dos encontros com eleitores foi marcada por gestos de encorajamento e palavras de apoio. Com o “Inauguration Day” se aproximando, Jaime Flórez segue trabalhando para garantir que o evento simbolize não apenas a vitória de Trump, mas também a força de sua liderança diante de desafios históricos. Para ele, o republicano continua a representar uma esperança para milhões de americanos que buscam respostas para os problemas do país. (As informações são do jornal O Estado de S.Paulo)