Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2024
Desde o assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, o Irã vêm fazendo promessas de vingança contra Israel e seus aliados.
Foto: Reprodução de TVO porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou que os Estados Unidos acreditam que o Irã poderá lançar “uma série de grandes ataques” contra Israel nesta semana. “Temos que estar preparados para o que pode ser um conjunto significativo de ataques. Compartilhamos as mesmas preocupações e expectativas que nossos colegas israelenses têm com relação ao possível momento aqui — pode ser esta semana”, disse Kirby nessa segunda-feira (12) aos repórteres em Washington.
Desde o assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do Hezbollah Fuad Shukr em julho, os dois grupos extremistas e o Irã vêm fazendo promessas de vingança contra Israel e seus aliados. O conflito, no entanto, agora parece próximo, e há grande preocupação com a escalada da guerra por toda a região.
Kirby informou a repórteres que a questão foi discutida nesta segunda durante uma conversa entre o presidente Joe Biden e os líderes de França, Alemanha, Itália e Reino Unido, que compartilharam preocupações sobre um possível ataque.
De acordo com o “Wall Street Journal”, Israel colocou suas forças armadas em alerta máximo, e o Pentágono enviou um submarino com mísseis guiados para a região e está acelerando a chegada de do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35, para incrementar as defesas de Israel. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, havia ordenado no último dia 2 o envio do USS Abraham Lincoln, além de cruzadores, destróieres e um esquadrão de caças para a região.
O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse que as forças de defesa do país estão em alerta máximo e que as ameaças inimigas estão sendo levadas a sério. O Exército israelense informou, inclusive, que já estaria pronta para responder qualquer possível ataque feito contra o país. No entanto, Hagari salientou que não há alterações nas orientações e que os movimentos do Irã estão sendo monitorados.
Uma das suspeitas é que os ataques poderiam começar com uma ofensiva do Hezbollah, seguida horas depois pelo Irã. Não por acaso, Israel ampliou o envio de drones de reconhecimento sobre o território libanês, além de caças para sobrevoar o espaço aéreo libanês, numa demonstração de guerra psicológica.
Apelo de líderes
A agência Reuters indicou que o presidente Vladimir Putin teria conversado com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, pedindo que a retaliação não envolva a morte de civis israelenses. O temor é que a resposta faça eclodir uma guerra regional.
Nessa segunda-feira, foi a vez de os chineses viajarem para Teerã, também com um recado similar. Enquanto isso, num comunicado conjunto, os líderes de França, Alemanha e Grã-Bretanha pediram a Teerã que se abstenha de qualquer ataque retaliatório que possa aumentar ainda mais as tensões regionais.
Numa ligação telefônica, o chanceler alemão, Olaf Scholz, também fez um apelo direto ao novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, para que faça todo o possível para evitar uma nova escalada militar. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também falou com Pezeshkian, por 30 minutos para tentar diminuir as tensões no Oriente Médio. Starmer disse a Pezeshkian que uma nova guerra não interessa a ninguém.
O líder iraniano afirmou, nessa segunda-feira (12), que seu país tem “direito de responder” às agressões, em um telefonema com o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, que o instou a evitar uma escalada da violência no Oriente Médio.