Em negociações secretas, Israel e Hamas, intermediados pelos Estados Unidos, chegaram a um acordo para permitir a libertação de reféns em troca de pausa nos ataques israelenses em Gaza, de acordo com uma reportagem do jornal “The Washington Post” deste domingo (19).
Segundo o jornal, fontes ligadas à negociação afirmaram que o acordo prevê cinco dias de pausa nos bombardeios. Em troca, o Hamas libertará pelo menos 50 pessoas, de acordo com a reportagem.
Essa libertação, ainda de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal, ocorrerá de forma gradual a cada 24 horas. Nenhuma das partes se posicionou sobre a reportagem, mas a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, Adrienne Watson, afirmou que “um acordo ainda não foi alcançado”.
Brett McGurk, o principal funcionário para o Oriente Médio do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, está em uma viagem estendida à região para tentar solidificar o plano de libertação de reféns, incluindo reuniões em Israel e no Qatar. Falando em uma conferência internacional de segurança no sábado no Bahrein, McGurk disse que as negociações têm sido “intensas e contínuas”.
A libertação, há várias semanas, de uma mãe e de uma filha americanas – entre os quatro prisioneiros que foram libertados desde o início da guerra – durante uma breve pausa acordada para permitir que trabalhadores humanitários internacionais as escoltassem, forneceu um “caminho” para “o que esperamos que será uma libertação muito maior”.
McGurk disse na conferência que a libertação pelo Hamas de um “grande número” de reféns, que se acredita totalizarem 239, “resultaria em uma pausa significativa nos combates e em uma onda massiva de ajuda humanitária. Centenas e centenas de caminhões entrando continuamente em Gaza do Egito.” Quando os reféns forem libertados, disse ele, “vocês verão uma mudança significativa, significativa”.
Era “razoável”, disse McGurk, “pausar os combates, libertar os reféns, as mulheres, as crianças, as crianças mais novas, os bebês, todos eles”. O acordo inicial não inclui homens civis ou militares israelenses, alguns dos quais são mulheres, entre os cativos.