Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2024
As atenções do mercado ficaram voltadas ao PIB do quarto trimestre nos Estados Unidos. A maior economia do mundo cresceu 3,3% entre outubro e dezembro, segundo o Departamento do Comércio, acima das projeções de analistas, que apontavam para uma alta menos expressiva, de 2%.
O número do quarto trimestre veio abaixo do registrado no trimestre anterior, quando a economia americana cresceu 4,9%. Mas, com os dados bem mais fortes que o esperado, essa desaceleração não pesou na análise do mercado.
O resultado, segundo especialistas, foi impulsionado por um mercado de trabalho sólido e pelos gastos do consumidor.
Em todo o ano de 2023, os Estados Unidos cresceram 2,5%, contra um crescimento de 2,1% registrado em 2022.
Esses números aumentam a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode conseguir fazer um “pouso suave” com a economia do país. Na prática, isso significa que o ciclo de juros altos nos Estados Unidos para controlar a inflação conseguiria frear um pouco a atividade, justamente para conter o avanço dos preços, mas sem resultar numa recessão econômica mais forte.
Atualmente, as taxas de juros na maior economia do mundo estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, e há muita expectativa sobre quando o Fed deve iniciar o ciclo de corte nos juros.
Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter sua taxa básica de juros inalterada, em um patamar recorde de 4% e observou que a inflação continuou a cair, também graças aos altos custos de empréstimos.
“A tendência de queda da inflação subjacente continuou, e os aumentos anteriores da taxa de juros continuam sendo transmitidos com força para as condições de financiamento”, disse o BCE em comunicado.
Inflação PCE e renda pessoal
A estimativa é que o índice de preços do consumo (PCE) tenha subido 3,7% por cento no ano passado, em comparação com um aumento de 6,5% em 2022. Excluindo os preços dos alimentos e da energia, o núcleo do PCE aumentou 4,1%, em comparação com um aumento de 5,2%.
A renda pessoal dos americanos cresceu US$ 224,8 bilhões no quarto trimestre, em comparação com um aumento de US$ 196,2 bilhões terceiro trimestre, refletindo principalmente melhora nas remunerações, nas receitas de rendimentos pessoais sobre ativos e nas rendas dos proprietários.
O rendimento pessoal disponível aumentou 4,2%, ou US$ 211,7 bilhões no trimestre, em comparação com um aumento de US$ 143,5 bilhões (+2,9%) no terceiro trimestre.
O rendimento pessoal disponível real aumentou 2,5%, ante 0,3%, na mesma comparação. A poupança pessoal foi de US$ 818,9 bilhões no quarto trimestre, em comparação com US$ 851,2 bilhões no terceiro trimestre.
A taxa de poupança pessoal – a poupança pessoal como percentagem do rendimento pessoal disponível – foi de 4,0%, ante 4,2% no 3º trimestre.