Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2017
Entre crises econômicas e pouco incentivo, a inovação no Brasil ainda encontra uma outra dificuldade: a demora para se obter a concessão de patente de invenção. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) leva em média oito anos para conceder uma carta de patente. Isso acaba atrasando o desenvolvimento tecnológico do País e faz com que algumas pessoas optem por depositar suas patentes nos Estados Unidos, que leva em média três anos e meio para ter o pedido analisado pelo USPTO (escritório oficial americano).
Segundo o diretor da Mário de Almeida Marcas e Patentes, Jatyr Ranzolin, o processo no Exterior é mais rápido pela estrutura e maior organização das entidades de lá, evitando assim o acúmulo de trabalho. O especialista explica que, mesmo com um custo maior, pode valer a pena registrar a patente nos Estados Unidos. “Tudo depende do negócio e do mercado. Um profissional da área de propriedade intelectual pode ajudar nessa avaliação”, afirma Jatyr.
Depois de registrar a patente nos EUA, o empreendedor está autorizado para desenvolver e comercializar o produto, além de ter a exclusividade, naquele país. Se quiser desenvolver ou vender o produto no Brasil – ou em outra nação –, o responsável tem até um ano para escolher os locais para onde quer estender a patente.
A dica de Jatyr para quem está planejando patentear algum produto é fazer uma busca de anterioridade e avaliar se tem chance do negócio recuperar o investimento. “Patentes sólidas, como de engenharia, fármacos e softwares, são as mais indicadas para depositar nos Estados Unidos”, afirma.
A Mário de Almeida possui um departamento internacional que controla todos os processos de marcas e patentes dos clientes no mundo. No total, a empresa trabalha diretamente em mais de 130 países.