Policiais dos Estados Unidos prenderam nesta segunda-feira dois residentes de Nova York por supostamente operarem uma “delegacia de polícia secreta” chinesa no bairro de Chinatown, em Manhattan, como parte de uma repressão a um suposto ataque de Pequim a dissidentes radicados nos EUA. Lu Jianwang (61), e Chen Jinping (59), enfrentam acusações de conspiração por atuar como agentes do governo da China sem informar as autoridades dos EUA e de obstrução da justiça.
As acusações surgem no momento em que o Departamento de Justiça norte-americano intensifica as investigações sobre o que chama de “repressão transnacional” por adversários dos EUA, como China e Irã, para intimidar oponentes políticos que vivem nos Estados Unidos.
“Não podemos e não iremos tolerar a perseguição do governo chinês aos ativistas pró-democracia que buscaram refúgio neste país”, disse Breon Peace, o principal promotor federal do Brooklyn, a jornalistas. Também na segunda-feira, os promotores apresentaram acusações contra 34 autoridades chinesas por supostamente operar uma “fazenda de trolls” e assediar dissidentes online, inclusive interrompendo suas reuniões em plataformas de tecnologia dos EUA.
Eles também adicionaram oito funcionários do governo chinês como réus em um caso anunciado em 2020 acusando um ex-executivo da Zoom Video Communications Inc ZM.O, com sede na China, por interromper videoconferências comemorativas dos protestos de 1989 na Praça da Paz Celestial. Os funcionários acusados estão todos foragidos. A embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Sol artificial da China
O Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST), popularmente conhecido como “sol artificial” da China, estabeleceu um novo recorde na semana passada ao rodar por 403 segundos. O marco, segundo os pesquisadores, representa mais um passo no intuito de tornar a energia por fusão nuclear comercialmente viável.
Segundo a agência de notícias chinesa CGTN, o feito foi alcançado após mais de 120 mil tentativas. Antes, o recorde de operação do “sol artificial” chinês havia sido de 101 segundos, estabelecido em 2017.
O EAST entrou em operação em 2006, no Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP, na sigla em inglês), com a missão de recriar o processo de fusão nuclear que acontece com o Sol. Para isso, os pesquisadores têm usado substâncias abundantes no mar que fornecem um fluxo constante de energia limpa.
Ao longo dos anos, de acordo com a CGTN, o reator tem sido usado como uma plataforma de teste aberta para cientistas chineses e internacionais realizarem experimentos e pesquisas relacionadas à fusão nuclear – em janeiro, um novo cenário de operação de plasma Super I-Mode foi descoberto e demonstrado no local.