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Estados Unidos preparam novas regras que podem proibir investimentos na China

Estimativa veio bem forte que o crescimento de 2,0% esperado por analistas. (Foto: Getty Images)

O governo de Joe Biden está preparando um novo programa que pode proibir investimentos dos EUA em certos setores na China. Esse é um novo passo para proteger as vantagens tecnológicas americanas em meio à competição crescente entre as duas maiores economias do mundo.

Em relatórios fornecidos aos legisladores no Capitólio, os departamentos do Tesouro e do Comércio disseram que estão considerando um novo sistema regulatório para lidar com o investimento dos EUA em tecnologias avançadas no exterior, que podem representar riscos à segurança nacional, de acordo com cópias dos relatórios vistos pelo The Wall Street Journal.

Os relatórios dizem que Biden pode proibir alguns investimentos e, ao mesmo tempo, coletar informações sobre outros investimentos para informar as etapas futuras.

Embora os relatórios não identifiquem setores de tecnologia específicos que o governo Biden considera arriscados, eles disseram que setores que poderiam aprimorar as capacidades militares dos rivais seriam o foco do programa.

Pessoas familiarizadas com o trabalho no novo programa esperam que ele cubra investimentos de capital privado e capital de risco em semicondutores avançados, computação quântica e algumas formas de inteligência artificial.

As autoridades americanas querem impedir que os investidores americanos forneçam financiamento e conhecimento para empresas chinesas, que possam melhorar a velocidade e a precisão das decisões militares de Pequim, por exemplo. Além disso, o documento do Tesouro disse que o programa se concentraria em “impedir que o capital e a experiência dos EUA sejam explorados de maneiras que ameacem a segurança nacional, sem impor um fardo indevido aos investidores e empresas dos EUA”.

Os relatórios também não identificam quais países se enquadrariam nas novas regras, embora as pessoas familiarizadas com o assunto disseram que esperam que sejam investimentos dos EUA na China. Os departamentos do Tesouro e do Comércio destacaram ainda que esperavam finalizar uma política sobre o assunto em um futuro próximo.

Ameaça nuclear

A China acusa os Estados Unidos de representarem, atualmente, a maior ameaça nuclear para o restante do mundo. Para os chineses, o país liderado por Joe Biden deve rever sua política de segurança.

“Os Estados Unidos são a maior fonte mundial de ameaça nuclear. Eles devem repensar cuidadosamente sua política nuclear, cumprir seu dever do desarmamento e, assim, reduzir o papel das armas nucleares na política de segurança nacional”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em entrevista coletiva realizada na última sexta-feira (3).

Pequim ainda acusou os EUA de incitar especulações sobre uma possível ameaça nuclear como pretexto para expandir seus arsenais atômicos.

Segundo dados da organização Bulletin of the Atomic Scientists, os Estados Unidos ocupam a segunda colocação no ranking de países com maiores arsenais nucleares no mundo, com cerca de 5,4 mil armas do tipo. A Rússia é o país com maior arsenal atômico, com mais de 5,9 mil ogivas.

Desde o início do guerra na Ucrânia, as ameaças de guerra nuclear cresceram, fazendo com que o “relógio do juízo final” fosse redefinido em 90 segundos para o fim do mundo.

A Rússia, que suspendeu recentemente o acordo com os EUA que previa a redução dos arsenais nucleares de ambos os países, anunciou recentemente a finalização da ogiva do “Juízo Final”. Além disso, autoridades russas já chegaram a ameaçar um conflito nuclear caso a Rússia perca a guerra na Ucrânia.

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