Ícone do site Jornal O Sul

Estados Unidos questionam Israel sobre bombardeio em escola na Faixa de Gaza que matou cerca de 100 pessoas

Imagem mostra o pátio de uma escola após ser atingida por um ataque aéreo israelense. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos questionaram Israel sobre o bombardeio israelense a uma escola na Faixa de Gaza que matou cerca de 100 pessoas na madrugada desse sábado (10) e disseram estar “profundamente preocupados” com os relatos de civis entre as vítimas.

Um ataque israelense a uma escola na Cidade de Gaza que abrigava refugiados matou mais de 100 palestinos, segundo o governo de Gaza, controlado pelo Hamas. Segundo autoridades de saúde de Gaza, são mais de 90 mortes. Em entrevista à BBC, o diretor do Hospital al-Ahli, para onde muitas das vítimas foram levadas, disse que o ataque matou pelo menos 70 pessoas.

“Estamos profundamente preocupados com os relatos de vítimas civis em Gaza após um ataque das Forças de Defesa de Israel a um complexo que incluía uma escola. Estamos em contato com nossos colegas israelenses, que disseram ter visado oficiais seniores do Hamas, e estamos pedindo mais detalhes”, disse comunicado emitido pela Casa Branca.

O governo estadunidense reforçou em comunicado que “disse repetida e consistentemente que Israel tem que tomar medidas que minimizem mortes de civis”, mas que “muitos civis continuam a ser mortos e feridos na guerra em Gaza”.

O que diz Israel

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, disse nesse sábado que o ataque matou pelo menos 19 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica que estavam escondidos no local.

Israel também revelou as identidades dos mortos: são 13 do Hamas, incluindo dois comandantes locais, e 6 membros jihadistas.

Segundo o comunicado, o ataque aos terroristas que operavam de um centro de comando instalado no complexo e planejavam ataques contra Israel e suas forças de segurança foi baseado em “uma investigação dos serviços de inteligência”.

Hagari também questionou os números de mortos divulgado por autoridades de Gaza, dizendo que foram utilizadas três armas de precisão no ataque o que “segundo especialistas, não poderia ter causado um dano compatível à quantidade de mortes informadas pelo governo de Gaza”.

Ainda de acordo com o exército israelense, antes do ataque “várias medidas foram tomadas para mitigar o risco de dano a civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações de inteligência.”

Cessar-fogo

Os EUA aproveitaram para reforçar a importância de um acordo de cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Hagari disse também que, de acordo com “diversas indicações de inteligência”, há uma “alta probabilidade” de que um comandante da Jihad Islâmica, Ashraf Juda, estava na escola bombardeada. No entanto, não foi possível confirmar a morte de Juda, segundo o porta-voz da IDF.

Um ataque aéreo israelense a um complexo escolar em Gaza neste sábado (10) matou dezenas de pessoas, segundo autoridades de saúde. O local abrigava palestinos deslocados.

O exército israelense reconheceu que tinha como alvo a escola Tabeen, no centro de Gaza, alegando que atingiu um centro de comando do Hamas dentro da escola. O Hamas negou essa informação.

O ataque ocorreu sem aviso prévio, no início da manhã, antes do nascer do sol, enquanto as pessoas rezavam em uma mesquita dentro da escola, segundo o gabinete de imprensa do Hamas.

Segundo Mahmoud Bassal, porta-voz dos socorristas da Defesa Civil que operam sob o governo local administrado pelo Hamas, três mísseis atingiram o prédio de dois andares — o primeiro andar abriga a mesquita e o segundo a escola — onde cerca de 6.000 pessoas deslocadas estavam se abrigando da guerra.

Sair da versão mobile