Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2024
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) confirmaram o primeiro caso grave de gripe aviária H5N1 no país. Os EUA tem enfrentado um surto da doença entre vacas leiteiras e trabalhadores de fazendas.
Em nota, os CDC afirmam que o paciente foi hospitalizado no estado de Louisiana e que foi confirmado se tratar de um caso da doença na última sexta-feira. Desde abril deste ano, já são 61 casos de gripe aviária nos Estados Unidos.
Dados parciais do genoma viral do vírus, porém, indicam que o novo caso pertence a um genótipo chamado D1.1, relacionado a outros vírus D1.1 detectados recentemente em aves selvagens e domésticas em diferentes locais da América do Norte.
Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, esse genótipo “é diferente do genótipo B3.13 detectado em vacas leiteiras, em casos humanos esporádicos em vários estados do país e em alguns surtos de aves nos Estados Unidos”.
Sobre a origem da infecção, embora a investigação ainda esteja em andamento, o paciente foi exposto a aves doentes e mortas em bandos de fundo de quintal. “Esse é o primeiro caso de gripe aviária H5N1 nos EUA que foi associado à exposição a um bando de aves de quintal”, diz a autoridade sanitária.
Os CDC esclarecem que casos esporádicos de doença de gripe aviária pelo contato com animais doentes não são inesperados. No entanto, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções costumam ser graves: cerca de metade morre.
A gripe aviária é um vírus que circula principalmente entre aves, mas que tem se expandido nos últimos anos entre espécies de mamíferos, como leões-marinhos e vacas, e para mais locais do planeta.
Embora os casos humanos aconteçam, não há registro de disseminação entre pessoas – o que elevaria o risco de uma nova pandemia. Por isso, o novo caso nos Estados Unidos “não altera a avaliação geral do CDC sobre o risco imediato à saúde pública da gripe aviária H5N1, que permanece baixo”, dizem os CDC.
“Esse caso ressalta que, além das operações comerciais de aves e laticínios afetadas, as aves silvestres e os rebanhos de fundo de quintal também podem ser uma fonte de exposição. As pessoas com exposição profissional ou recreativa a animais infectados correm maior risco de infecção e devem seguir as precauções recomendadas pelo CDC”, continuam.