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Mundo Estados Unidos responderão “pronta e decisivamente” em caso de invasão russa à Ucrânia, diz Joe Biden

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Biden afirmou em telefonema que os americanos estão comprometidos com a integridade territorial da Ucrânia e sua soberania. (Foto: Reprodução/YouTube)

Os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, Joe Biden e Volodymyr Zelensky, conversaram por telefone neste domingo (13) sobre o aumento da tensão na área de fronteira com a Rússia. Os dois líderes teriam concordado que seguirão com a diplomacia para dissuadir as tensões impostas pela presença militar russa na fronteira.

Em um comunicado da Casa Branca, o governo americano afirmou que os EUA responderão “pronta e decisivamente” em caso de invasão russa à Ucrânia.

O presidente americano afirmou ao seu homólogo ucraniano que os americanos estão comprometidos com a integridade territorial da Ucrânia e sua soberania.

“O presidente Biden deixou claro que os EUA responderão pronta e decisivamente, com seus aliados e parceiros, a qualquer futura agressão da Rússia contra a Ucrânia”, diz o comunicado.

Surpresa

O conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse neste domingo que a Rússia acelerou sua atividade militar na fronteira com Ucrânia.

Ele disse ainda, em entrevista à televisão americana, que o mundo “precisa estar preparado” e que Moscou pode encenar um pretexto para invasão.

“Os EUA não darão à Rússia a oportunidade de um ‘ataque surpresa’ à Ucrânia”, disse Sullivan que garantiu seguir compartilhando informações da Inteligência com este país do leste europeu.

Sullivan, que participou do programa “State of the Union”, da rede americana CNN, não comentou sobre a possibilidade de uma invasão russa na quarta-feira (16), segundo especulações publicadas na imprensa americana.

“Não podemos prever exatamente o dia, mas já estamos dizendo há algum tempo que estamos em uma janela de oportunidade, e uma invasão pode começar – uma grande ação militar pode começar – pela Rússia na Ucrânia a qualquer momento. Isso inclui a semana antes do final das Olimpíadas”, disse Sullivan.

Ele se refere aos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem em Pequim, e que terminam em 20 de fevereiro.

Desescalada

Também no domingo, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, pediu por uma desescalada da Rússia na crise ucraniana – e alertou que sanções serão aplicadas em caso de invasão.

Scholz vai tentar esta semana, em Kiev e Moscou, ajudar a desanuviar a tensão na Ucrânia, após intensas conversações nos últimos dias suscitadas por alertas sobre a iminência de um ataque russo.

Scholz, que assumiu a chefia do governo há apenas dois meses, vai encontrar-se com o presidente da Ucrânia, Zelensky, nesta segunda-feira (14), seguindo depois para Moscou, onde será recebido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, na terça (15). Ele falou com a imprensa do país na véspera de uma viagem a Kiev e Moscou para conversas e reuniões diplomáticas.

‘Risco alto’

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, disse no sábado (12) que o caminho diplomático continua aberto no caso da crise ucraniana, mas defendeu a continuidade da saída de diplomatas americanos da Ucrânia.

“Nós determinamos a saída da maioria dos americanos que ainda estão na embaixada dos EUA em Kiev”, disse Blinken após encontro com representantes do Japão e da Coreia do Sul em Honolulu.

“O risco de uma ação militar da Rússia ainda é alto o bastante e a ameaça, iminente o bastante que é o mais prudente a se fazer”, reforçou o chefe da diplomacia americana.

No domingo (13), americanos começaram a deixar a província ucraniana de Donetsk, controlada por rebeldes pró-Rússia.

Diplomacia

Blinken afirmou, em entrevista coletiva, que ainda há um “caminho aberto” para a diplomacia na crise da Ucrânia.

“Um caminho diplomático para resolver esta crise, uma crise criada pela concentração de forças russas ao redor da Ucrânia, esse caminho diplomático permanece aberto”, disse o secretário de Estado.

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