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Estados Unidos têm base legal para investigar caso de corrupção na Fifa

"Quem encosta nas nossas fronteiras com empreendimentos de corrupção por meio de reuniões ou do uso do nosso sistema financeiro será considerado responsável", afirmou diretor do FBI. (Foto: Reprodução)

Os dirigentes presos na quarta-feira (17), em Zurique, na Suíça, acusados de participarem de suposto esquema de corrupção, tinham ligações com a Fifa, organização com sede na Suíça, dirigem ou dirigiram confederações em outros países e são acusados de pagar propinas em diversos locais do mundo.

Ainda assim, foram presos por determinação da Justiça dos Estados Unidos. Isso porque, ainda que parte dos crimes investigados não tenha acontecido em solo americano, as autoridades dos Estados Unidos têm instrumentos legais para processar e condenar cidadãos ou empresas estrangeiras por atos de corrupção desde que eles tenham conexão com atividades no país.

De acordo com a secretária de Justiça, Loretta Lynch, os acusados usaram bancos e sistemas de remessa de dinheiro americanos para distribuir pagamentos de propinas oriundos do esquema. “Quem encosta nas nossas fronteiras com empreendimentos de corrupção por meio de reuniões ou do uso do nosso sistema financeiro será considerado responsável. Ninguém está acima ou abaixo da lei”, disse James Comey, diretor do FBI (a polícia federal americana).

Um dos instrumentos que pode ser usado pelas autoridades americanas é a lei de combate à corrupção no exterior, conhecida como FPCA. Em vigor desde 1977, o texto se aplica a empresas e indivíduos norte-americanos, mas também a estrangeiros com atividades ou que tenham propriedades no país. (Folhapress)

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