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Transparência: Estados Unidos usam até GPS para monitorar as eleições

Um novo centro de votação em Florence, Arizona, inclui uma sala com paredes de vidro que fornece uma vista panorâmica do processo de contagem de votos. (Foto: Reprodução)

Autoridades do condado de Pinal, no Arizona, construíram uma sede eleitoral de 32 milhões de dólares  que ampliou em mais de quatro vezes seu espaço, com paredes abertas para que mais observadores possam assistir à apuração. Foram adicionadas câmeras de vigilância e dispositivos GPS nos recipientes que transportam equipamentos e cédulas. A necessidade surgiu em 2020, após rumores de que um ônibus cheio de urnas havia sido abandonado em uma cidade próxima.

A fiação das máquinas tabuladoras fica à vista nas paredes, em vez de passar por conduítes por dentro delas, para que todos possam ver que o equipamento não está conectado à internet e não tem como ser hackeado. Além disso, foi criada uma revisão externa do sistema de segurança cibernética para garantir a integridade do processo, depois que um republicano levantou dúvidas quanto à legitimidade das primárias.

“Quando você sabe que não tem nada a esconder, a crença no processo aumenta”, disse a republicana Dana Lewis, que ajuda a supervisionar as eleições em Pinal.

A nova sede ilustra como muitas autoridades tentam reconstruir a confiança nas eleições. As críticas de Trump à apuração – além de boatos e informações falsas disseminadas por ele – aumentaram o número de pessoas que monitoram a eleição em todo o país.

Acompanhar o processo

Autoridades eleitorais estão agora realizando visitas abertas e treinamentos para que curiosos ou céticos possam acompanhar o processo. Eles estão gravando em vídeo os procedimentos de apuração para que as pessoas assistam às transmissões ao vivo – ou solicitem a filmagem mais tarde.

Autoridades acreditam que, embora seja improvável que essas medidas impeçam novas teorias da conspiração – e possam até dar munição a elas –, o resultado deve ser facilitar e acelerar a resposta às informações falsas. “Sabemos que há pessoas que vão tirar as coisas do contexto para reforçar sua própria narrativa, e isso faz parte da tensão de ser transparente. Isso deixa você vulnerável a mal-entendidos no momento em que qualquer função eleitoral pode ser transformada em arma”, disse Tammy Patrick, diretora da Associação Nacional de Funcionários Eleitorais. LUTA.

Linda Phillips, administradora eleitoral no condado de Shelby, no Tennessee, disse que suas tentativas de informar o público são como “esvaziar o oceano com uma colher de chá”. Ainda vale a pena o esforço, disse ela, observando que rastreadores eletrônicos na última eleição ajudaram a evitar processos e falsas alegações de fraude. “Trouxemos os mais céticos e mostramos tudo que fazemos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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