O presidente dos Estados Unidos não é eleito diretamente pelo voto da população. Quem o elege é, na verdade, um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados. A explicação para o país adotar esse sistema tem raízes históricas ainda no século 18, quando, no contexto da época, era praticamente impossível a realização de uma votação popular nacional para escolher um presidente.
O tamanho do país e as dificuldades de comunicação fizeram com que, então, os legisladores que elaboraram a Constituição dos EUA em 1787 decidissem por esse sistema.
O objetivo era preservar o papel constitucional dos estados nas eleições presidenciais e equilibrar o processo, garantindo que diferentes perspectivas e necessidades regionais fossem consideradas. Os estados menores, por exemplo, ganharam poder de voz e certa igualdade frente aos maiores.
Nesse modelo, porém, o voto popular – que vem dos eleitores comuns – ainda é decisivo e dá os rumos para a escolha do próximo governante. O Colégio Eleitoral, na prática, apenas valida a escolha dos milhões de eleitores.
Atualmente, o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos é composto por 538 delegados. Cada estado possui um número de representantes diferente, que varia de acordo com o tamanho da população e do número de parlamentares na Câmara e no Senado.
Resumidamente, estados mais populosos tendem a ter mais delegados. Já os menores não têm um peso tão grande, mas ainda podem ser decisivos.
Na próxima terça-feira (5), os eleitores vão às urnas para votar em quem deve ser o próximo presidente. Em linhas gerais, essa votação serve para que a população indique aos delegados daquele estado quem eles querem que seja o próximo governante.
Com exceção do Maine e do Nebraska, que possuem divisões internas, o candidato mais votado de cada estado pelos eleitores leva todos os delegados daquela área – mesmo que a vitória seja apenas por um voto de diferença.
Para vencer a eleição, o candidato à Presidência precisa ganhar, pelo menos, 270 dos 538 delegados que compõem o Colégio Eleitoral. A reunião do colégio acontece semanas após as eleições, e o novo presidente é oficialmente nomeado.