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Geral Estados Unidos vão banir mais empresas da China do acesso a chips e semicondutores

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Washington tenta dificultar o desenvolvimento pela China de tecnologias com aplicações militares. (Foto: CristianIS/Pixabay)

Os Estados Unidos colocarão a fabricante de chips Yangtze Memory Technologies (YMTC) e outras 35 empresas chinesas em sua lista de exclusão do comércio, no mais recente esforço de Washington para atingir empresas de tecnologia da China que vê como ameaça à sua segurança.

O Departamento de Comércio dos EUA incluirá a YMTC e outras empresas chinesas na chamada “lista de entidades” ainda nesta semana, segundo três fontes a par do plano. As empresas americanas estão proibidas de vender tecnologia a empresas incluídas na lista, a menos que elas tenham uma licença especial, que é difícil de obter.

A notícia chega dois meses depois de os EUA terem anunciando controles rigorosos sobre as exportações, que dificultam a aquisição pelos chineses de produtos de ponta na área de semicondutores.

O “Financial Times” noticiou neste ano que a YMTC aparentemente violou esses controles de exportação ao fornecer chips de memória Nand para celulares da fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei.

Parlamentares americanos vêm, há meses, pressionando o governo Biden a colocar a empresa na lista de entidades. Eles também têm alertado a Apple da possibilidade de a empresa tornar-se alvo de uma fiscalização mais dura, caso dê continuidade a seus planos para comprar chips da YMTC.

Quando o governo Biden introduziu os controles de exportação, em 7 de outubro, também colocou mais de 30 empresas chinesas, entre as quais a YMTC, na lista “não verificada” de entidades — cujos usuários finais de seus produtos não puderam ser verificados pelos EUA para certificar que tecnologias americanas não estão sendo desviadas para fins não autorizados. Na época, deu 60 dias para que essas empresas permitissem que os EUA realizassem investigações ou corressem o risco de serem incluídas na lista de entidades.

Na semana passada, Alan Estevez, principal autoridade responsável pelos controles das exportações no Departamento de Comércio dos EUA, disse que a China havia cedido e estava permitindo a inspeção de algumas empresas, após um longo período sem cooperar. Também disse que os EUA estavam “vendo um melhor comportamento” do Ministério do Comércio da China, que supervisiona essas verificações sobre os usuários finais. Na ocasião, contudo, o Departamento de Comércio dos EUA não quis detalhar quantas empresas estavam cooperando.

A decisão sobre a YTMC provavelmente desencadeará protestos de Pequim, que nesta semana entrou com uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os controles sobre as exportações de outubro. A Casa Branca descreveu a YMTC como uma “campeã nacional”.

Além dos receios de que a YMTC tenha infringido a lei americana, o governo Biden também teme que ela possa vir a vender chips de memória abaixo do preço de custo, pressionando rivais americanas, como a Micron, e de países aliados.

Em outubro, o “FT” noticiou que a YMTC vinha estocando equipamentos estrangeiros para fabricação de chips há meses, prevendo que o governo Biden se preparava para tomar medidas contra ela.

O Departamento de Comércio dos EUA e a YMTC não comentaram as informações.

A ação marca outra escalada na guerra tecnológica entre EUA e China. Washington tenta dificultar o desenvolvimento pela China de tecnologias com aplicações militares, como a inteligência artificial, a execução de modelos matemáticos sobre armas nucleares e a criação de armas hipersônicas. A China também tem tomado medidas para desenvolver suas capacidades tecnológicas próprias, diante do aumento das pressões dos EUA e seus aliados.

Os EUA negociam com o Japão e a Holanda um acordo trilateral para impedir que as empresas japonesas e holandesas que fazem máquinas para fabricar chips vendam equipamentos avançados para a China. Os EUA esperam que o acordo sirva de complemento a uma proibição semelhante aos fabricantes americanos de equipamentos, incluída como parte dos controles de exportação de outubro.

O cerco dos EUA e países aliados já afeta várias empresas chinesas. A fabricante britânica de chips Arm, por exemplo, concluiu que não poderá vender sua última série Neoverse V para a gigante de tecnologia Alibaba ao concluir que os EUA e o Reino Unido não aprovariam licenças para exportar seu produto para a China por causa de seu alto desempenho. O Neoverse V se enquadra no Wassenaar, um acordo multilateral envolvendo 42 nações projetado para impedir que a tecnologia de uso duplo seja desviada para uso militar.

É a primeira vez que a Arm, de propriedade do investidor de tecnologia japonês SoftBank, concluiu que não poderia exportar seus designs mais avançados para a China. A decisão afeta a unidade de chips T-Head do Alibaba e outros grupos chineses.

Paul Triolo, especialista em China e tecnologia da consultoria Albright Stonebridge Group, disse que os controles de exportação do Departamento de Comércio dos EUA de 7 de outubro também atualizaram as restrições de maneiras que impactam o tipo de tecnologia que a Arm produz.

“Empresas-chave na cadeia de suprimentos de semicondutores, como a Arm… devem determinar se os recursos fornecidos em suas ofertas atendem ou excedem os requisitos técnicos nos novos regulamentos de comércio [7 de outubro]”, disse Triolo. As informações são do jornal Financial Times.

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