Ícone do site Jornal O Sul

Estados Unidos vão testar vacina contra a varíola dos macacos com doses menores

Análise concluiu que as pessoas não vacinadas tinham um risco 14 vezes maior de contrair a doença. (Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz))

As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram o início de ensaios clínicos para testar diferentes estratégias de dosagem para a vacina contra a varíola dos macacos em meio a discussões sobre sua eficácia. Os testes envolverão 200 adultos com idades entre 18 e 50 anos em todo o país, e serão conduzidos pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID).

A vacina Jynneos, fabricada pela Bavarian Nordic, com sede na Dinamarca, foi aprovada nos Estados Unidos para a prevenção da varíola tradicional, erradicada em 1980, e da varíola dos macacos em pessoas com 18 anos de idade ou mais. A campanha no país é direcionada a pessoas consideradas em maior risco de exposição, como profissionais da saúde e homens que fazem sexo com homens.

O novo ensaio irá medir a resposta imune de diferentes níveis de dosagem e métodos de administração. Não há certeza sobre a eficácia real do imunizante por ele ter sido desenvolvido para a varíola tradicional. Como os vírus são da mesma família e oferecem proteção cruzada, a expectativa é que a vacina permaneça eficaz contra o monkeypox.

O governo dos EUA aposta fortemente na vacina para conter a propagação da varíola dos macacos, que infectou mais de 20 mil pessoas no país desde maio, o local mais afetado atualmente pelo surto.

O Brasil também receberá unidades do imunizante por meio da negociação coletiva com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). As primeiras 20 mil doses são esperadas para este mês.

Sair da versão mobile