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“Estamos no caminho certo”, diz Trump após ligação com Zelensky

O telefonema entre Trump e Zelensky ocorre um dia após o presidente dos EUA conversar com Vladimir Putin. (Foto: President Of Ukraine/Flickr)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu em publicação nas suas redes sociais que teve uma “ótima” ligação com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (19). O telefonema foi a primeira conversa conhecida entre Trump e Zelensky desde o bate-boca dos dois líderes no Salão Oval, há 19 dias.

O americano acrescentou que “estamos muito no caminho certo”, e que uma descrição precisa dos pontos discutidos entre os dois líderes será “divulgada em breve”.

“Acabei de concluir uma ótima ligação telefônica com o presidente Zelensky da Ucrânia. Durou aproximadamente uma hora. Grande parte da discussão foi baseada na ligação feita ontem com o presidente Putin para alinhar a Rússia e a Ucrânia em termos de suas solicitações e necessidades”, escreveu Trump.

“Estamos muito no caminho certo, e pedirei ao secretário de Estado Marco Rubio e ao conselheiro de segurança nacional Michael Waltz para dar uma descrição precisa dos pontos discutidos. Essa declaração será divulgada em breve.”

O telefonema entre Trump e Zelensky ocorre um dia após o presidente dos EUA conversar com Vladimir Putin, da Rússia, em um telefonema que resultou na sugestão de uma pausa nas agressões entre Rússia e Ucrânia aos sistemas elétricos dos dois países.

Não vai ceder

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quarta que não aceitará ceder os territórios ucranianos exigidos pela Rússia para um cessar-fogo e o fim da guerra.

Zelensky disse também querer um cessar-fogo permanente, e não parcial, como o acordado na terça entre Trump e Putin.

Putin e Trump falaram ao telefone por duas horas na terça para discutir a Guerra da Ucrânia. Após a conversa, o governo russo disse que Putin concordou com uma trégua nos bombardeios a instalações de energia — um tipo de ataque recorrente para afetar a infraestrutura de cidades ucranianas.

Também nesta quarta, o Kremlin acusou a Ucrânia de ter rompido com essa trégua ao atacar estações de energia em cidades da Rússia perto da fronteira. Kiev ainda não havia se manifestado sobre a acusação até a última atualização desta reportagem.

A Rússia concordou em interromper os ataques a alvos de energia e infraestrutura da Ucrânia durante 30 dias — mas o Kremlin disse que só aceitará um cessar-fogo total após a interrupção completa da ajuda militar e de inteligência das potências ocidentais a Kiev.

O acordo ainda não foi apresentado formalmente, e não tem data para entrar em vigor.

“Os dois lados, Ucrânia e Rússia, são capazes de não atacar a infraestrutura energética. Nosso lado apoiará isso”, disse Zelensky a repórteres. Ele acrescentou que a Ucrânia apoiaria quaisquer propostas que levassem a uma “paz estável e justa”.

Zelensky rejeitou, no entanto, a principal exigência de Moscou para um cessar-fogo permanente: a interrupção total da ajuda militar e de inteligência recebida por Kiev das potências ocidentais.

O presidente ucraniano também afirmou que uma paz duradoura só será obtida com um assento garantido a seu país na mesa de negociações.

Mais cedo, Trump comemorou o diálogo com Putin. “Concordamos com um cessar-fogo imediato em toda a energia e infraestrutura, com o entendimento de que trabalharemos rapidamente para ter um cessar-fogo completo e, finalmente, um fim para esta guerra horrível entre a Rússia e a Ucrânia”, disse Trump.

De acordo com o Kremlin, os líderes também concordaram em uma troca de prisioneiros russos e ucranianos. As duas partes vão liberar 175 prisioneiros de guerra cada, e a Rússia afirmou que vai entregar a Kiev 23 combatentes gravemente feridos.

A repórteres, porém, Zelensky disse que a liberação de todos os prisioneiros seria uma forma de Moscou demonstrar sua boa vontade nas negociações.

Na conversa com Trump, Putin também colocou outras condições para uma trégua, como “garantir o controle efetivo sobre uma potencial interrupção de hostilidades ao longo de toda a linha de frente, interromper o alistamento militar forçado na Ucrânia e interromper o rearmamento das Forças Armadas Ucranianas”, segundo o governo russo. As informações são do portal de notícias g1.

 

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